OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 8 de dezembro de 2017

OS MAUS-TRATOS INFANTIS

Muitos pais acreditam que a única forma de educar os filhos é impondo-lhes castigos, afirmando que as crianças, de vez em quando, “pedem uns tapas”. Mas essa história não é verdadeira. Se faz algo que não gostamos é por dois motivos: ou porque já fez e ninguém a repreendeu e ela acredita que pode repetir ou porque ninguém a ensinou a obedecer certas regras básicas de convivência.

Muitas vezes, os castigos impostos às crianças são exagerados e impróprios para a situação a qual está sendo castigada ou para a sua idade. Esses castigos podem ser: físicos, mentais, morais e emocionais.


Triste, não é?

 

Os castigos físicos são os tapas, surras e espancamentos, queimaduras com pontas de cigarro, atirá-las contra uma parede, encarceramento etc. Os morais são: os xingamentos, apelidos depreciativos e olhares intimidativos. Os mentais são aqueles levam as crianças a acreditarem que são incapazes quando, na realidade, não são. Tecer comentários negativos intencionalmente para ela ou para amigos e parentes diante dela, com o intuito de ridicularizar ou menosprezar suas habilidades e capacidades.
 

Porém, os mais perniciosos são os castigos emocionais. Estes causam marcas e dores cruciais e que perduram a vida inteira. São eles: o abuso sexual e a exploração sexual de menores com finalidade lucrativa.

O ABUSO SEXUAL INFANTIL
Crianças que sofrem abuso sexual existem em todas as sociedades. E independe da idade (de 1 a 12 anos) e do sexo que as crianças abusadas possam vir a ter. Quando se fala em abuso sexual, costuma-se pensar apenas no contato sexual entre adultos e crianças. Porém, esquecemos (ou deixamos de perceber) aqueles que ocorrem entre crianças (maiores e a outra menor em idade ou tamanho).
Embora o fato do abuso sexual acontecer também com meninos (de todas as idades) e o número de casos ser bem alto, a quantidade de meninas abusadas sexualmente é ainda maior, ou seja, o triplo dos casos com meninos.

Seja qual for o sexo da vítima, estudos e estatísticas mostram que o agressor é homem (a maioria) e conhecido das vítimas. Podendo ser pais, padrastos, tios, vizinhos e amigos frequentadores da residência da vítima. Esses homens, geralmente, foram abusados na infância. No entanto, não atacam enquanto meninos. Só o fazem depois de adultos. E se a estatística mundial já possui um número elevado desses casos, na realidade podemos considerar o triplo.

O QUE É CONFIGURADO COMO ABUSO SEXUAL INFANTIL

Define-se como abuso sexual infantil “toda a forma que um adulto (ou adolescente mais velho) se vale para se estimular sexualmente”. Essas formas independem do ato sexual consumado, ou seja, expor fotos dos órgãos genitais dos menores, intimidar ou aliciar uma criança para sua própria satisfação, despir ou tatear o corpo do menor, pressionar o corpo da criança contra o seu aparelho genital, ejacular sobre o corpo da criança  e produzir pornografia infantil.
Este assunto é cercado por uma aura de tabu. Primeiro, por ser difícil conseguir dados estatísticos confiáveis e, segundo, pela “lei do silêncio” que impera nas famílias das crianças abusadas.
A lei do silêncio familiar se faz presente quando o agressor é o pai ou um parente próximo. O silêncio existe por dois motivos: a) o agressor é um familiar e b) por intimidação.
No primeiro caso, os familiares preferem conviver com o fato e não denunciar o agressor. No segundo, mesmo sendo um parente (pai, filho ou irmão), o medo da intimidação do agressor (agressiva ou financeira) ou exercida pelo consenso do grupo familiar faz com que as “testemunhas” se calem. Porém, o silêncio e a falta de denúncias enfraquecem os dados estatísticos e não os torna confiáveis.

CONSEQUÊNCIAS DO ABUSO SEXUAL INFANTIL

O abuso sexual sempre gera consequências nocivas a curto e longo prazos. Essas consequências são: físicas, psicológicas e comportamentais.


As consequências físicas são os ferimentos provocados quando o ato sexual é consumado por um adulto. O corpo da criança até a adolescência ainda está em formação, portanto, não está preparado para esta atividade. Logo, a penetração do adulto dilacera os órgãos internos da criança causando intensa hemorragia que pode levá-la à morte. Caso sobreviva, a criança apresentará várias reações físicas, tais como o “efeito de regressão”, ou seja, voltar a chupar o dedo, voltar a urinar na cama (o maior indicador de abuso sexual infantil), medo de ser tocada por qualquer pessoa (pela mãe inclusive) e pavor ou recusa de aproximação diante do agressor.
Na escola poderão encontrar dificuldade de aprendizagem, evitar o contato social com os colegas, praticar crueldade com animais, déficit de atenção, atitudes agressivas contra os colegas e transtorno desafiador opositor (aquelas crianças que desafiam os adultos e não ficam contentes com nada), baixas autoestima e autoconfiança.
Na adolescência poderão apresentar: depressão, ansiedade, transtornos alimentares, baixas autoestima e autoconfiança, de dores físicas por somatização da dor vivenciada, transtorno do sono, choros compulsivos sem motivos aparentes, isolamento. Podem apresentar algumas patologias comportamentais como: transtornos sexuais, automutilação (incidência 4 vezes maior que em outros casos) e tendência ao suicídio.
Na idade adulta podem apresentar: tendência ao uso abusivo de álcool e drogas, tendência às práticas criminosas e ao suicídio.

O QUE DIZ A LEI?
TODA E QUALQUER FORMA DE ABUSO SEXUAL INFANTIL É CRIME. A visão de consentimento nestes casos, deixam de existir. As crianças não têm o discernimento necessário para consentir, pois ainda não faz parte do seu desenvolvimento.

NÃO SE CALE... DENUNCIE.

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