OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

terça-feira, 3 de outubro de 2017

AUTOMUTILAÇÃO: um pedido de socorro



A automutilação é mais uma das tentativas de controlar as dores emocionais que são incontroláveis. Trata-se de um comportamento e intencional silencioso que envolve uma agressão direta contra o próprio corpo. Os usuários desta prática querem se livrar das sensações de fracasso e de insignificância que geram essa dor. Em nenhum momento passa em sua mente a ideia de suicídio, no entanto, pode ser que venha a acontecer. 
Esta prática atinge 20% de crianças e adolescentes do Brasil e do mundo. É mais comum em jovens e adolescentes (principalmente entre as meninas). Embora essa prática seja uma constante em pessoas esquizofrênicas, também atinge pessoas com problemas emocionais menos severos.

Existem várias formas de automutilação. As mais comuns são: cortar a pele, bater em si mesmo, arranhar-se ou queimar-se. Outras formas menos comuns são: morder-se, furar-se com objetos pontudos, chicotear-se, enforcar-se por alguns instantes, morder as mãos, lábios, língua ou braços, apertar ou reabrir feridas, arrancar os cabelos, beliscar-se, ingerir produtos corrosivos ou alfinetes ou cacos de vidro, socar paredes ou superfícies rígidas/ásperas que machucam as mãos, automedicar-se exagerando nas doses.


Os adeptos deste comportamento sabem o que estão fazendo e, por isso mesmo, tentam esconder de todas as formas possíveis as feridas e as cicatrizes com as roupas. Quando são descobertos tentam justificar as cicatrizes ou machucados como se fossem “acidentes”.


Este comportamento não começa na adolescência cujo pico de incidência é maior, mas na infância. As causas são variadas e podem ser por rejeição/abandono, por mimos excessivos (superproteção ou simbiose), bullying, ou por crianças que passam muito tempo hospitalizadas por problemas físicos demorados e dolorosos que causam muito sofrimento e terminam associando dor com prazer. Muitos indícios que as crianças revelam como a falta de adaptação ao meio, agressividade ou formas de arredio, baixa autoestima e autoconfiança, insegurança ou de sentir-se inferiores aos demais e de infelicidade crônica passam despercebidos pela família e pela escola. É verdade que nem todos os que apresentam estes sintomas irão se auto-mutilar. Mas eles se encaixam num volumoso “grupo de risco”.


PERFIL DO AUTO-MUTILADOR

1- O automutilador é INTROSPECTIVO. Isto significa que são aqueles jovens muito calados que encontram muita dificuldade em expressar verbalmente seus sentimentos e emoções ou que sentem vergonha de chorar diante de outras pessoas, mesmo que sejam da família. Isto acontece porque sentem medo de serem julgados ou de que os outros não compreendam sua dor.

2- Por ser um ATO INTENCIONAL, depois que se machucam, sentem culpa por terem trocado a dor emocional pela dor física.

3- Os automutiladores gostam de escrever sobre o que sentem. Antes ou depois de se autoagredir, muitos escrevem textos, poemas, contos, letras de músicas onde revelam seus medos e falam dos seus sentimentos e dores e as escondem em lugares de difícil acesso. Poucos preferem desenhar ou pintar, pois acreditam que seria mais difícil de guardá-los ou de escondê-los.

4- São pessoas que se enxergam como FRACASSADOS ou como CRIATURAS INSIGNIFICANTES e que não merecem viver / conviver com os demais.

5- Seu refúgio é o ISOLAMENTO, seja da família ou dos amigos pois acreditam que estão fazendo um bem para eles não impondo a sua presença.


6- Apresentam FALSA AUTOSSUFICIÊNCIA. Procuram fazer tudo sozinhos para não incomodar os outros.

7- NÃO PLANEJAM O FUTURO. Acham-se tão incapazes que acreditam que o futuro nada lhes trará de bom. Por isso, se surpreendem quando tiram alguma nota alta, passam no vestibular ou arranjam um emprego. Mas estas conquistas não são capazes de interromper suas práticas autoagressivas.

ESTEJAM ALERTA PARA:

- Está calor e seu filho está de agasalho ou gostava de piscina e de repente, diz que não gosta mais – ele pode estar escondendo ferida e cicatrizes.


- Vive no quarto sempre de portas trancadas a chave – pode estar se cortando ou escondendo textos.

- Gavetas e armários que nunca estiveram trancados e de repente estão – escondem o objeto de corte ou os textos que escreve.


- Choros incontidos sem motivo aparente – revelam sentimento de culpa.

- perda do brilho nos olhos – problemas à vista.

CONTINUA

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