OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 4 de agosto de 2017

A DESCOBERTA DO SEXO - 6º MOTIVO


Desde que nascemos, os seres humanos passam por uma série de transformações físicas. O bebê cresce e se transforma em criancinha (1ª infância), esta se transforma em criança (2º infância), que por sua vez se transforma em púbere (1º estágio da adolescência – dos 12 aos 14), depois em adolescente (2º estágio dos 14 aos 16 anos e no 3º estágio, dos 16 aos 18 anos), em jovens (dos 18 aos 21), adulto (dos 21 aos 60- 65 anos) e daí para a frente, em idosos. E ninguém escapa delas.

Quem nunca ouviu uma criança dizer que “gostaria de ser gente grande”? Elas dizem isso porque ainda não compreendem que todo crescimento traz perdas e ganhos. Vejam só: ao andar, o bebê perde o colo e em contrapartida, ganha a liberdade de ir e vir, de correr e pular. Ao chegar na 2ª infância, a criança perde algumas horas do convívio familiar para ir à escola, mas ganha autonomia para ler e se comunicar com mais desenvoltura. Na puberdade, os jovens perdem o status de criança e com essa perda, suas mordomias. No entanto se preparam para serem adultos e com isso, ganham um horário mais flexível para dormir, ganham mais amigos, podem ir e vir mais livremente, cuidam mais de si mesmos. E assim vai sempre ganhando coisas novas e perdendo as velhas conquistas.

Ganhar e perder fazem parte de nossa vida. E nessa troca surgem mudanças na forma de ser, pensar e agir. Mas toda troca não é fácil, como optar entre duas camisas, por exemplo. As trocas pessoais, embora benéficas, sempre trazem consequências emocionais, mesmo para os mais equilibrados emocionalmente.
As trocas da adolescência são importantes e trazem dor emocional. Mas o resultado é positivo. Em contrapartida, a adolescência é uma fase muito marcante para todos e ninguém sai isento dela porque faz parte do desenvolvimento.


Quando as transformações físicas começam, para os adolescentes parecem não terem fim. Por isso, é uma fase de muita angústia e ansiedades. É uma fase em que não se consideram crianças, nem adultos. Já não sabem mais como devem agir e se comportar, pois o que lhes era permitido antes, agora são proibidos. E, se desejam ter a mesma autonomia ou comportamento dos adultos, também são proibidos por não terem a idade suficiente. Esse não saber quem ele (a) é (quando antes tinha certeza) traz muitos medos e angústias.


Em contrapartida, os pais ficam mais exigentes, lhes dão mais tarefas a cumprir, exigem mais responsabilidades, cobram menos brincadeiras, são mais exigentes quanto aos estudos e possam escolher uma boa profissão ou buscar um trabalho. Mas os tratam como crianças. Acham que não sabem das coisas e que ainda dependem deles e exigem obedecer sem discutir.

Embora seja compreensível esta atitude dos genitores, porque se acostumaram a agir dessa maneira e cuidando de tudo desde que nasceram, os pais devem “adolescer” junto com os filhos. E não quero dizer que devam fazer tudo o que os adolescentes fazem, mas compreender o que se passa com eles.  Saber que os filhos os amam e que precisam deles, do seu carinho, de sua atenção e de orientações sobre os sentimentos, os comportamentos e atitudes. E para adolescer, basta relembrar sua própria adolescência em termos de sentimentos, medos, angústias e preocupações. Infelizmente, muitos pais nem sabem o que seus filhos pensam, quanto o que sentem. E aí se misturam com outros sentimentos e emoções complicando tudo. Dessa maneira, os adolescentes ficam mais rebeldes, respondões e mais críticos. Querem reformular as regras (familiares e sociais) e o mundo. Nada está certo para eles. E junto com os amigos, o mundo será melhor. Coisas da idade.


Em meio a este turbilhão de sentimentos expressos ou não, surge um novo problema: a descoberta do sexo. Desde a infância, já se descobriram meninos e meninas. Mas o sexo é algo novo.


Esta descoberta começa quando o púbere passa a olhar com admiração para uma colega ou vice-versa. É ainda uma situação platônica, distante, semelhante àquela em dizia que uma menina era sua namorada só por sentar-se emparelhado com ela na escola. Mas é a insistência desse olhar que chama a atenção. Depois sente falta ou fica triste, se o objeto do seu olhar não está por perto. E quando isto acontece, começam as preocupações.


O segundo passo é perceber-se notada. Não importa onde esteja, sempre haverá um olhar de admiração direcionado a ele (a). Principalmente para as garotas, estes olhares são muito importantes. E mais, não importa a idade, o estado civil ou fator econômico de quem olha. Basta que olhem para que se sinta notada e ficará feliz. Mas, se não ocorrem, com certeza, ficará muito triste e aborrecida. E isto não significa que daí surgirá um relacionamento.


O terceiro passo é o namoro. O que é namoro? Como se faz isso? Quando beijar?  Até onde posso ir no namoro? O que é amar? E como saber se amo? E é aqui que os pais são mais importantes que nunca. Eles não querem saber sobre as doenças sexuais ou o aparelho reprodutor, pois estas informações eles já têm na escola. O que eles querem é saber da parte prática, aquilo que os pais já experimentaram e sabem. 

E a primeira coisa que os pais devem informar aos filhos é o sexo é uma coisa bonita e bem aceito por Deus (ou outro conforme sua religião). Que o sexo não tem nada de nojento ou de mau. E se não tem coragem de falar sobre isso, compre livros ou permita a busca na internet em sites seguros e de sua confiança para leiam, pesquisem e conheçam, discutam com os familiares e amigos, emitir opiniões e ouvir as réplicas, para depois experimentar. Só com muito conhecimento e orientações seguras dadas pelos pais é que os jovens estarão bem informados no teórico e no prático. Então, não farão escolhas ruins porque agirão com responsabilidade, amor a si próprio e encararão tudo com naturalidade. Mas deixar claro que o sexo que exige autoconhecimento, respeito a si mesmo e aos outros e exige responsabilidade acima de tudo.


A adolescência é uma fase de muitos medos, de inseguranças e ansiedades, de angústias e dúvidas, e certamente, muitos conflitos, confusões e de contradições. E os pais devem aprender a lidar com isso e agir da maneira mais natural possível.

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