OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017

O FEMINISMO E O TRABALHO

Vocês devem estar se perguntando o que o feminismo tem a ver com trabalho, não é? Pois, tem muito a ver. O feminismo não é algo recente como muitos pensam. Ao contrário, é bem antigo.


Os primeiros movimentos feministas começaram logo após a Revolução Francesa, quando grupos de mulheres resolveram protestar contra a sujeição a que eram submetidas nas mais diversas áreas: política, econômica, social, educacional, jurídica etc. Mas vivendo num mundo machista e preconceituoso como o daquela época, pouco conseguiram.


Outro movimento aconteceu no final do século XVIII, quando vários grupos de mulheres do mundo inteiro se movimentaram para obterem o direito ao voto. Mas nem na Europa, esse direito foi aceito de imediato. O primeiro país que aceitou quase de pronto foi a Nova Zelândia, em 1893. Em seguida, Portugal, em 1913. No Brasil, o voto feminino era terminantemente proibido. Até que o governador do Estado do Rio Grande do Norte, Juvenal Lamartine, permitiu que as mulheres votassem numa eleição realizada em 1928, na cidade de Mossoró. Alguns meses depois, foi a vez dos ingleses permitirem o voto das mulheres. Mas o voto feminino em todo o Brasil, só foi regulamentado em 1934, no governo do Presidente Getúlio Vargas.

A partir de então, incentivadas por essa conquista, as mulheres não pararam de lutar pelos seus direitos e de sua autonomia. Nem sempre ganhavam, é verdade, mas nunca desistiram. E a luta seguinte foi o direito das mulheres poderem estudar, se formar e se qualificar para o trabalho.


Mas, a maioria só tomou conhecimento desse movimento social e pacífico, por volta dos anos de 1970, quando para serem ouvidas pelos governantes europeus, as mulheres saíram ás ruas com os seios à mostra e queimando sutiãs nas principais praças de suas cidades. Esse fato chocou a opinião pública mundial, fazendo com que fossem vistas como transgressoras da moral e da ordem, resultando num preconceito contra o grupo. Por isso, até os dias atuais, o termo “feministas” tem um tom pejorativo. Especialmente aqui no Brasil. Mas nem assim desistiram e continuaram lutando.


Você sabia que o trabalho feminino é 30% mais barato que o salário dos homens e que você, mulher trabalhadora, faz o mesmo ou até mais que eles? Você sabia também que desde o início da industrialização, as mulheres foram boicotadas para os cargos de chefia? A razão disso não era falta de competência, mas devido a justificativa de que, em algum momento, as empresas teriam gastos com as gestantes e com a maternidade?

Por trás de todas as leis trabalhistas que beneficiam as mulheres (licença maternidade, licença paternidade, auxílio maternidade (pago pelas prefeituras), está o trabalho silencioso desses grupos de mulheres corajosas e destemidas por novas conquistas.


A luta agora é pelo direito da equiparidade (igualdade) dos salários para as mulheres que desempenham as mesmas funções que os homens. A par dessa reivindicação está começando uma outra, a do emponderamento feminino, ou seja, do respeito a mulher nas questões do vestir, de sair, morar e viajar sozinha. Mas para isso, é preciso que todas as mulheres se engajem nessa luta.

Outras lutas feministas:

O feminismo não é um mal, são mulheres, graciosamente femininas, que lutam por direitos que beneficiam a todas nós. E então, viu como o feminismo é importante para cada uma de nós? E aí, mudou sua opinião sobre as feministas e o feminismo? Eu já mudei a minha opinião sobre tudo isso e faz tempo. Até a próxima postagem.


segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

A MULHER E O MERCADO DE TRABALHO


Desde as eras mais remotas, a mulher era considerada um utensílio doméstico. Não podia expressar opiniões, tinha que obedecer ao pai e depois ao marido, e suas únicas funções eram a de cuidar dos filhos e das atividades domésticas. E foi assim até bem pouco tempo atrás.

Com isso, o conceito de ser um frágil que dependia dos homens se difundiu e gerou muitos preconceitos com relação ao seu trabalho. Durante muito tempo, o trabalho de cuidar da casa e da educação dos filhos era visto como um trabalho insignificante, já que ele não beneficiava economicamente a família. E com o passar do tempo, foi considerado como inatividade econômica e, portanto, não entrava em nenhum tipo estatística.


Com o desenvolvimento capitalista, mudanças de ordem política e socioeconômica foram acontecendo. Essas mudanças agiam sobre o nível e a formação da força de trabalho. As conquistas tecnológicas usadas nas indústrias acentuaram a divisão social e sexual do trabalho e na estrutura do emprego fosse na zona rural ou na zona urbana.

Diante das crises econômicas no Brasil, a participação feminina como força de trabalho começou a ficar mais intensa lá pelos anos de 1970. As razões eram as mais variadas: a) com o aumento dos preços dos alimentos, vestuário, educação etc, as mulheres precisavam auxiliar no orçamento familiar. b) Novos produtos, produzidos em grandes quantidades, estimulavam o consumo e redefiniram o conceito de necessidade econômica, ou sejam, as grandes ofertas e promoções desses novos produtos e das propagandas de massificação incutiam nas pessoas a necessidade de comprá-los e atingiam todas as camadas sociais.

O trabalho fora de casa ajudava a manter o orçamento doméstico, adquirir os novos produtos e melhorar o status em cada camada social. Com a expansão econômica dos anos 70, a urbanização crescente e o ritmo acelerado da industrialização geravam um crescimento econômico, que favoreceu a entrada de mais pessoas no mercado de trabalho, incluindo as mulheres.

Nessa década, a sociedade brasileira passou por inúmeras transformações de ordem econômica, social e demográfica que repercutiram sobre o nível e composição da força de trabalho. As taxas de crescimento econômico e os níveis de empregabilidade aumentaram. A industrialização se consolidou, modernizou seus instrumentos produtivos e se tornou mais urbana. No entanto, os níveis de desigualdade social e da concentração de renda também aumentaram. Houve um momento de estabilidade.



Mas os padrões de comportamento e dos valores referentes ao papel social da mulher, intensificados pelo impacto dos movimentos feministas que sugiram na América Latina no momento em que as crises estruturais se estabeleciam e promoviam uma multiplicidade de contradições no cotidiano, facilitaram a oferta de trabalhadoras.