OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

O IMPACTO DA REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Nos últimos tempos muito se tem estudado, debatido e observado por ângulos variados as relações do trabalho e o impacto que causa nas estruturas sociais, na construção da identidade laborial e na vida dos seres humanos.

A revolução industrial trouxe mudanças profundas nas estruturas da hierarquia social, nos mecanismos de segregação dos indivíduos e no aspecto cultural.


No século XVIII, as sociedades tinham suas economias baseadas no trabalho agrário e as relações do trabalho eram baseadas na obediência aos mais velhos. Era com os adultos que as novas gerações aprendiam seu ofício e formavam uma relação que facilitava a identidade laborial ligada á terra de onde os sujeitos tiravam o sustento para si e para seus familiares. Trabalhavam nesse ofício sem que houvesse pagamento por seu trabalho, quando precisavam de algum bem de consumo praticavam o escambo e dessa maneira, eram poucas as expectativas de ascensão social.


Com chegada das primeiras indústrias manufatureiras houve uma mudança completa e profunda na estrutura social. As relações entre os empregados e os empregadores passaram a ser mais distantes e impessoais. A produção era o foco principal e o resultado final dependia do esforço conjunto de todos os trabalhadores. Isto porque cada trabalhador realizava uma parte do trabalho para que outro trabalhador fizesse outra. Essa forma de trabalhar não permitia que os trabalhadores acompanhassem o processo completo do produto até chegar no produto final. No entanto, recebiam um salário por esse esforço e embora pudessem melhorar sua condição de vida e mudarem seu status social (grande propaganda da industrialização), era ainda coisa para poucos.


Mais recentemente, nas décadas finais do século XX, chega a “globalização” e alterar tudo novamente. A globalização é um fenômeno dos mais significativos e importantes que já se viu na história da humanidade. Ela trouxe consigo o encurtamento das distâncias e a possibilidade de vivenciar os acontecimentos em tempo real. As relações ficaram cada vez mais íntimas e, por isso, prolonga o período de trabalho, modifica a maneira de exercê-lo. O local onde se realiza o trabalho também não está mais restrito a um determinado lugar (fábrica ou escritório) mas podemos trabalhar na rua, no ônibus ou em sua própria casa. O trabalho não está mais restrito a um determinado número de horas, pois o que vale hoje é o quanto o trabalhador produz. A competitividade aumentou significativamente e tornou-se inerente ao resultado final e ao mercado de trabalho.


Toda essa flexibilidade tem se tornado uma exigência crescente do mercado de trabalho. O trabalho flexível exige profissionais com formação especializadas e com aperfeiçoamentos constantes. E aí está uma nova forma de segregação social. A mão de obra especializada exige um alto investimento em cursos de formação e de especializações (que geralmente são caros), além do tempo disponível (porque esses cursos requerem processos de longo prazo). As pessoas das camadas sociais mais baixas não possuem recursos financeiros para custear seus estudos, nem tempo disponível para cursá-los, como exige o mercado de trabalho. Já os que se arriscam, conseguem galgar novos degraus na hierarquia socioeconômica.


O avanço tecnológico trouxe um novo modo de segregação social: a automatização na produção dos bens de consumo. Por automatização entende-se a aplicação de técnicas, softwares e/ou equipamentos específicos usados em determinadas máquinas com o objetivo de aumentar a eficiência e maximizar a produção com o menor consumo de energia ou de matéria-prima, com menor emissão de resíduos de qualquer espécie, melhores condições de segurança (material, humana ou informação) e reduzir o esforço e a interferência humana sobre os processos ou máquinas. A automatização é um avanço da mecanização, onde o trabalhador manipulava as máquinas para realizar seu trabalho.


A automatização é sem dúvida um investimento muito caro para as indústrias. No entanto, se torna um investimento viável em relação ao aumento da produção. Por outro lado, a empresa evita os custos com a mão de obra humana, já que uma minoria é especializada na operação dessas máquinas. Daí o aumento das demissões e as faltas de vagas.

A competitividade não se dá apenas entre os trabalhadores. As indústrias competem entre si, porque querem estar no topo dos rankings mundiais. Elas estão mais preocupadas com os lucros que podem obter do que com o bem-estar dos seus empregados. Mas a competitividade não para por aí. 

Os países também competem uns contra os outros. Os países que possuem profissionais mais qualificados e indústrias mais automatizadas são os mais produtivos e ricos. Enquanto isso, os mais pobres são os que tem pouco ou não possuem condições de ter. E são os países em que seus trabalhadores tem as piores condições de estudo e de trabalho.

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