OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

A REVOLUÇÃO INDUSTRIAL


Inglaterra, século XVIII, dá-se a “REVOLUÇÃO INDUSTRIAL”. Estudiosos, baseados no desenvolvimento das máquinas, afirmam que essa revolução se deu em três etapas. A primeira aconteceu da seguinte maneira:

Naquela época, as pessoas tinham o seu ganha pão no trabalho manual, fosse ele agrícola, pecuário ou no artesanato. Ganhar mais ou ganhar menos dependia exclusivamente da disposição e do interesse de cada um. E quanto mais trabalhassem, mais ganhariam e vice-versa. Era, portanto, um trabalho livre. Mas a necessidade de levar esses produtos (muitos deles perecíveis) para lugares mais distantes e abastecer esse mercado precisava ser cada vez mais rápido. Essa necessidade fez com que se desenvolvessem os motores a vapor, tanto para a produção ser maior, quanto para fazê-la chegar ao seu destino. E esses motores mudaram o rumo da história.

As máquinas movidas a vapor ajudavam os trabalhadores a produzir mais e com menos esforço físico. E isso era o que todo mundo queria. Mas, nem todos os trabalhadores tinham condições financeiras para comprar as tais máquinas. A solução era emprestar de alguém que as possuísse. No entanto, o proprietário cobrava pelo empréstimo, e não era barato. E enquanto o produtor ficava com pouco lucro, os proprietários das máquinas enriqueciam cada vez mais.
A sociedade se divide em duas classes: a classe dos patrões, que tinham as máquinas e as melhores condições de trabalho; e a classe dos “operários”, que apenas operavam as máquinas. E foi assim que surgiram as primeiras indústrias. Por isso, muitos trabalhadores deixaram de trabalhar por conta própria e para trabalharem nas indústrias.
A segunda etapa, ocorre no final do século XIX, com a descoberta da eletricidade e sua aplicação sobre os motores que deixavam de ser a vapor para se tornarem motores elétricos ou de explosão, garantindo maior produtividade e mais rapidez na produção. Mesmo com a novidade e a troca das máquinas que ficavam obsoletas, os patrões continuavam ricos e os operários continuavam pobres do mesmo jeito.

A relação entre patrões e empregados nunca foi tranquila e pacífica. Os trabalhadores sempre se sentiram explorados e sempre lutaram para melhores condições de trabalho e de vida. Sempre acharam que trabalhavam muito e ganhavam pouco porque tinham hora para entrar no serviço, mas não tinham hora para terminar o expediente. E sempre fizeram greves para reivindicar melhores salários. No entanto, nunca tiveram um apoio legal, embora também lutassem por isso.

A I Guerra Mundial (1910 a 1914) trouxe um certo desenvolvimento. As indústrias de armamentos, de víveres e de remédios decolam em suas produções. Como os homens estavam lutando, os operários passam a ser mulheres. Eram mães, esposas, filhas e namoradas dos soldados que partiram em defesa dos ideais de liberdade. E elas trabalharam duro, sem horário de termino de sua jornada. Mostraram que eram valentes, responsáveis e capazes de produzir tanto quanto os homens. 

Passada a guerra, as mulheres e homens voltaram ao trabalho. Mas, elas sempre ganhavam menos que eles. Em 1918, nos Estados Unidos, um incêndio numa fábrica matou muitas operárias. Só então, empresários e governos começaram a pensar em uma legislação trabalhista e de segurança no trabalho.
Mas algumas décadas depois tem início após a II Guerra Mundial (de 1945 em diante), quando acontece a automatização por meio de aparelhos eletrônicos. E foi a época em que as indústrias se desenvolveram mais em toda a sua trajetória histórica.

A terceira etapa ocorre após a II Guerra Mundial. Todas as guerras sempre abalam o mundo. Mas, esta em especial, trouxe um desenvolvimento de forma inigualável. Nunca houve um desenvolvimento tão grande das máquinas como nessa época. Em 5 anos de guerra, o mundo produziu conhecimentos numa velocidade jamais ocorrida em toda a história da humanidade. E as indústrias investiram pesado nesses conhecimentos e na sua aplicação prática.

A princípio, porque os soldados necessitavam de uniformes, apetrechos de sobrevivência (cantis, cintos, sapatos, remédios, alimentos, etc) e armas leves e pesadas (canhões, aviões, lança-chamas, bazucas, misseis etc) e munições de todos os tipos e tamanhos. Novas indústrias foram montadas especialmente para suprir as necessidades de guerra. Depois, E a população que permanecia também precisava sobreviver.

Durante a guerra, mulheres e idosos voltam ao trabalho nas indústrias. Dão duro e trabalharam muitas horas a mais do que deveriam porque, afinal, era preciso.  Quando ela terminou havia destruição por todos os lados. Muita gente morreu e inúmeros voltavam mutilados. Era urgente a reconstrução de cidades inteiras em quase toda a Europa, mas os países estavam sem recursos por investimentos e dependiam de cada membro de sua população e da ajuda dos países aliados. 


As indústrias e seus empresários estão mais ricos do que quando a guerra começou. Por outro lado, os países e suas populações estavam mais pobres que nunca. Mas ainda assim, patrões e operários dependiam um do outro. As indústrias precisavam da produção cada vez mais e os operários, precisavam garantir sua sobrevivência. Foi um tempo muito difícil.
Continua na próxima postagem

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

O TRABALHO E O REGIME CAPITALISTA


No correr dos séculos XVI e XVII, iniciaram-se as grandes viagens, com a elas a descoberta de novos caminhos marítimos e novas terras. Foi uma época de muita evolução nos conhecimentos técnicos e científicos.



Os homens daquela época, conheciam o mundo de maneira diferente. Para eles, o mundo correspondia ás terras que conheciam por ouvirem dizer ou por terem estado lá. Alguns sábios fizeram estudos sobre novas terras, mas acabavam sendo presos porque ninguém acreditava. Porém com o início das navegações tudo mudou. Por isso, as navegações marcaram a passagem da idade Média para a Idade Moderna.


É, portanto, no início da Era Moderna que as relações comerciais de produtos in natura (como as especiarias) e de produção (como os tecidos) foram se estabelecendo entre a Europa e as novas terras recém-descobertas. E é, justamente neste momento que um novo regime sociopolítico e com objetivos econômicos mais de acordo com que os ideais de liberdade, fraternidade e igualdade começaram a se tornar uma prática concreta e real.

Surgem, então, as primeiras indústrias por toda a Europa. Como precisavam de mão-de-obra, os burgueses eram os candidatos perfeitos. Os burgueses sonhavam com a liberdade, melhorias de condições e mudança de status. E com isto surge uma nova ordem social: o capitalismo.


A propaganda do capitalismo apregoava objetivos que iam de encontro com o sonho da burguesia. E com isso, o o capitalismo se desenvolve a todo vapor.
O sucesso do novo regime também promove uma revolução: a Revolução Industrial, baseada no aumento da produção material e no rendimento sobre o trabalho realizado. Dessa forma, que se empenhasse mais ganhava mais e isto beneficiava a todas as classes sociais. Parecia a maravilha das maravilhas e conquistava todas as classes sociais.


E o capitalismo se desenvolve a todo vapor. Os trabalhadores passaram a se dedicar cada vez mais, chegando a trabalharem 18 horas diárias em 1840, na França.
E como tudo o que é bom sempre tem um “mas...” para atrapalhar, o capitalismo não foi aquilo que todos pretendiam. A realidade mostrava-se outra por causa da desigualdade social em detrimento do pessoal. Isto porque as metas sociais a serem alcançadas eram sempre muito maiores que as estipuladas para os trabalhadores, ou seja, quanto mais trabalhavam para atingir a meta social, continuavam recebendo o mesmo salário. Em virtude dessa desigualdade percentual, surgia uma nova desigualdade: “riquezas” para poucos, e “pobreza” para a maioria dos trabalhadores.
A sociedade capitalista dividia-se em duas classes sociais distintas: a CLASSE CAPITALISTA (formada pelos burgueses mais ricos) que possuíam todos os meios e recursos para a produção e dominavam os negócios e a CLASSE DO PROLETARIADO ( formada pelos trabalhadores) que vendiam o seu trabalho em troca de salários, nem sempre condizente com o que necessitavam.


Está parecido com a vida de hoje? É que desde que foi instaurado este regime, ninguém pensou ou tentou mudá-lo. E é assim a quase dois milênios. Assim, gostando ou não desse regime econômico, vamos nos adaptando ás situações mais adversas.