OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 28 de julho de 2016

A ESCOLA E O TRABALHO


A escola ocupa um lugar fundamental na vida dos estudantes. Mas também é um momento crucial na vida deles, porque a transição não é tão fácil quanto se imagina. Não é fácil porque tem seu ápice nos papéis da vida e do mundo dos adultos.

Para a sociedade, essa passagem significa uma mudança nos comportamentos que cada indivíduo deve assumir enquanto adulto, para manter ou mudar sua situação na estratificação social. Mas, as mudanças no comportamento são as que trazem mais dificuldades para os jovens. Agir como adultos, numa fase complexa como a adolescência, parece ser algo impossível para eles. E compreender as responsabilidades que envolvem tudo isto ganha, para muitos, um aspecto aterrorizante.

O processo de transição da escola vem mudando a partir de meados do século passado. Essas mudanças foram se tornando cada vez mais significativas com o crescimento econômico do pós-guerra. Não só no que diz respeito à legislação trabalhista de cada país, mas principalmente, no mercado de trabalho. Antigamente, bastava que os indivíduos soubessem cumprir uma determinada função (conhecimento técnico-operacional). Mas nas últimas décadas o mercado vem exigindo, cada vez mais, que os trabalhadores se atualizem constantemente, sejam mais flexíveis e adaptáveis diante das novas demandas do trabalho. Além disso, o profissional tem que ter personalidade firme e colocá-la a disposição do trabalho que executa e da empresa.

Essas novas exigências aumentou a inquietação e a fragilidade dos jovens, enfrentadas no mercado de trabalho. Normalmente no primeiro emprego, o jovem não sabe o que deve fazer ou como agir dentro da empresa. Mas se o jovem não tiver boa qualificação a situação se agrava.


A competição pelo emprego é sempre uma desvantagem para os jovens. A falta de experiência, pouca ou nenhuma qualificação específica para determinados tipos de trabalho, dificulta e aumenta o desemprego. Fato que tem virado um problema social.

Por isso, o período de transição da escola para o trabalho está cada vez mais longo e mais diferenciado. Sair da escola ao final do Ensino Médio no Brasil, ou o equivalente em outros países, não é garantia de ingresso no mercado de trabalho. É melhor do que aquele que pára no Ensino Fundamental (no Brasil) ou do Ensino Básico (em outros países), mas não garante a conquista de um emprego. Estes cursos são, apenas, o início de uma longa caminhada a ser percorrida.

Estes cursos apenas mostram o mundo das áreas que os jovens poderão atuar e onde os conhecimentos são gerais e básicos. Por isto, estudamos várias disciplinas, como a língua pátria e as línguas estrangeiras na área da Ciência Comunicação; a matemática e a física, na área das Ciências Exatas; a biologia e ciências na área das Ciências Físicas e Biológicas; a história e a Geografia na área das Ciências Sociais e assim por diante.

É por meio desse contato que os estudantes vão sentindo e percebendo suas facilidades e dificuldades nas diferentes áreas do conhecimento humano e de atuação no mercado. Há quem prefira as Ciências Exatas, outros se dão melhor com a Comunicação, ou a área das Ciências Sociais ou, ainda, tenham predileção pela área das Ciências Biológicas.

E cada uma dessas áreas tem suas subdivisões e cada uma dessas subdivisões possuem um mundo a ser descortinado e descoberto. Como por exemplo, na área da biologia encontramos a Medicina, Enfermagem, Zoologia, Botânica, Biologia Marinha, o Magistério etc. E dentro de cada uma, as especializações. Identificar-se com o ramo ou a especialização de cada área depende do que costumamos chamar de “VOCAÇÃO”, que nada mais é do que uma escolha pessoal.

Mas, em falando de vocação, há quem queira seguir outros campos de ingresso no mercado de trabalho, como a mecânica, o comércio, a marcenaria, a serralheria, a culinária, o vestuário etc. E mesmo aí, se não houver uma especialização, também não conseguirá o emprego desejado. E a maioria destas profissões necessita de cursos técnicos.



Mas a escola também prepara alguns comportamentos para o mercado de trabalho. Alguns ainda são comportamentos arcaicos, como por exemplo, o sinal tão usado nas escolas para a entrada, a saída e a troca de aulas. Arcaico porque eram muito usados nas fábricas do início do século passado.




Mas, outros comportamentos trabalhados pela escola são importantes e bem vistos nos dias atuais. São as tarefas e trabalhos com prazo de entrega. Estes trabalhos e tarefas ensinam a responsabilidade e a pontualidade, coisa muito exigida em qualquer emprego.

sexta-feira, 15 de julho de 2016

O AMBIENTE VIRTUAL E AS APRENDIZAGENS


Quando falamos do protagonismo dos alunos em sala de aula, logo se imagina um tumulto daqueles onde os alunos fazem o que querem, cada um procurando saber de uma coisa, falando ao celular com os pais ou com amigos etc. Mas não precisa acontecer assim desde que o professor prepare sua aula com objetivos a cumprir.


O conteúdo programático pode seguir como atualmente, só que os alunos terão um tempo para pesquisar em uma lista de sites confiáveis e fornecidos pelo professor e com os tópicos a serem abordados no trabalho. Podem ainda dividir um tema em partes e distribuí-los aos alunos em grupos e poderão trabalhar na escola ou em casa. Depois disso, abre-se a discussão sobre o tema, onde o professor avaliará se o conteúdo apresentado está dentro do foi estabelecido. Caso esteja, o trabalho prosseguirá. Caso não esteja, o professor dirá o que precisa ser refeito, ou complementado, sem que o trabalho todo tenha que ser reescrito.


O uso da tecnologia da informática permite um ambiente virtual em que professores e alunos podem aproveitar e contribuir para o aprendizado coletivo desde que o professor os instrua. As tecnologias facilitam o armazenamento, a distribuição e o acesso ás informações e não há impedimento algum quanto ao lugar onde o aluno pesquise. Além disso, propicia uma comunicação maior entre os membros do grupo. Com isso, o ambiente escolar se torna mais participativo e interativo entre os membros do grupo.

O ambiente virtual se torna adequado para a transmissão da informação e  não descarta a possibilidade de pesquisas ou consultas a jornais, revista, livros, enciclopédias e nem ao hábito de frequentar a biblioteca da escola ou fora dela.

Segundo Kenski (2003), “o homem transita culturalmente mediado pelas tecnologias do seu tempo”. E o ambiente virtual, mediado pelo professor, transforma as maneiras de pensar, sentir e agir dos alunos tal qual na sala de aula comum. Os principais objetivos do ambiente virtual são: a) facilitar o processo ensino-aprendizagem, b) estimular a cooperação e a interação entre os participantes do seu grupo ou com outros através de uma comunicação chamada “síncrona”, ou seja, o professor poderá criar e monitorar uma espécie de “chat” ou “bate-papo” para uma ou várias turmas.

Os alunos, em momentos diferentes, poderão acessar esse “chat” e trocar informações sobre suas pesquisas, fazer questionamentos e tirar dúvidas, trabalhar em grupos maiores, acrescentar novas informações ao trabalho e enviá-las ao grupo ou ao professor on-line. Caso o professor não saiba como fazer chat, poderá criar uma página numa das redes sociais com a mesma finalidade.

As atividades presenciais não estão descartadas.  E as pesquisas podem acontecer dentro da sala, no espaço de informática ou em casa. Mas as discussões e as apresentações dos trabalhos devem ser dentro da sala de aula. O mais importante é que a presença do professor e do seu conhecimento não são descartados. Aliás, tornar-se-á mais fundamental do que nunca, como planificador, consultor e orientador das aprendizagens. O que muda para o professor é que ele terá de ter um conhecimento maior de informática.


O que muda é a lousa e o giz que deixarão de ser o símbolo da escola por perderem a importância que tinham até o momento. Servirão apenas para pequenas anotações. Outra coisa que perdem o valor são os “cadernos”, pois os trabalhos serão realizados via computadores. A leitura (fonte de todo o conhecimento) e a arte de escrever bem e correto ganham vida nova e maior importância.

Outra tendência a ser extinta dentro da sala de aula é a indisciplina. Já perceberam como crianças e adolescentes se ficam atentos e concentrados ao mexerem na internet ou no celular? Pois então, se pesquisarem obterão dos alunos a mesma atenção e concentração.

Mas também é preciso que se reveja e reflita sobre o que disciplina. Alunos imóveis olhando para o professor? Aqueles que não falam, não interrompem para perguntar ou argumentar?  Aqueles que repetem o que o professor ou livro?


Para mim, indisciplina é a falta de respeito com o professor e com os colegas, com xingamentos ofensivos, tirando um “barato”, surrando os colegas, bagunçando e impedindo a aprendizagem dos colegas como vemos nos dias de hoje.

Evidentemente, haverá um vai e vem de conversas entre eles para discutirem alguns pontos do trabalho, poderão sair do lugar, irem á biblioteca. Seria isto indisciplina ou interesse pelo assunto? Segundo alguns teóricos essa movimentação é fundamental para o conhecimento, para a troca de informações, para manter vivo o relacionamen-to e a interação interpessoal e como forma de se expressar oralmente e manter vivo este tipo de comunicação. Mas para isso, é preciso que a escola e os professores se adequem a este novo tipo de disciplina.