OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sábado, 25 de junho de 2016

OS PROFESSORES DO SÉCULOS XXI




Ao contrário do que todo mundo pensa, o trabalho do professor não terminará com o protagonismo dos alunos. Ao contrário, ele será de fundamental importância. Apenas, sua função será remodelada para uma função mais nobre: a de orientador e desafiador das aprendizagens. O que termina com este novo modelo são as excessivas aulas expositivas e que serão transformadas em leituras, debates e comentários. 


O professor perderá a transmissão do conhecimento?


O professor nunca fará valer tanto o seu conhecimento como no novo modelo. Pois esse conhecimento lhe trará as bases dos argumentos a serem usados nas orientações, discussões, correções e avaliações do empenho e do trabalho dos aprendizes. O que perderá na verdade, apesar de já estar perdendo nos dias de hoje, é o conceito que ele é o “detentor do saber”.

Mas, porque mudar se está bom assim?

Bom para quem? Para a escola, para o professor ou para os alunos? Se está tudo bem porque razão reclamamos da indisciplina, do desinteresse, da falta de atenção? Ou será que a escola, como instituição, já não está atendendo às necessidades do novo tempo?

Os alunos estão (e cada vez mais) conectados com as infinitas informações e para isto basta apenas um clique. E eles levam seus celulares para a escola e, muitas vezes, atrapalham as aulas. Então, porque não dar um bom uso para esses celulares? Por que não usá-los para que os alunos façam pesquisas dos conteúdos escolares? 

O protagonismo estudantil constitui numa realidade bem diferente daquela em que o professor ensina. E a escola ainda lida muito mal com a ideia. As instituições educativas (escolas) precisam se reformular em suas estruturas e práticas e os professores terão, cedo ou tarde, que se acostumar com as novas propostas. 

Deixar de ser aquele que detém o conhecimento não é uma mudança fácil, mas também, não é impossível. Mas impedir que isto aconteça só atravanca as mudanças e os professores sofrerão duplamente: primeiro porque rema contra a maré dos tempos com classes de alunos insatisfeitos, e em segundo lugar, por ter que se adaptar a uma nova situação.

Há muitos professores que não dominam esse mundo digital enquanto isso, os alunos (inclusive os pequenos) estão nas redes sociais e buscam informações na Internet. Os professores contemporâneos precisam funcionar como técnicos e guias dos estudantes, orientando-os de forma multidisciplinar e não simplesmente como especialistas de uma única disciplina. Não precisa saber tudo, mas tem que estar antenado. A tarefa do professor do século XXI é o de ensinar o aluno a aprender a aprender, com liberdade, autonomia e responsabilidade.

Muitas escolas brasileiras já praticam essa ideia dentro das escolas com práticas tradicionais. E devem se alastrar por todo o país em curto prazo, diz Viviane Mosé. São os professores que, agindo de um modo mais coerente com o novo tempo e os novos alunos formarão seres mais úteis para a sociedade, pois estão formando pessoas mais pensantes, críticas e que acreditam em sua criatividade para mudarem as vicissitudes que a vida lhes impõe. 

Ninguém exige que estas mudanças aconteçam de uma hora para outra. Pode levar 10, 20 ou 30 anos. O que importa é dar os primeiros passos desde já.

sábado, 11 de junho de 2016

A ESCOLA DO SÉCULO XXI


Vivemos num mundo diferente do que era até bem pouco tempo atrás. As famílias, as regras religiosas, as sociedades, a visão de mundo e as formas de comunicação tem mudado para se adequar aos novos tempos. As mudanças foram rápidas devido ás novas tecnologias. Hoje temos acesso fácil e amplo à Internet por meio de tábletes, celulares ou do computador. e uma notícia, que levava muito tempo para chegar ao destinatário, hoje a temos em tempo real. O mundo tem ficado mais tecnológico, mais rápido e prático.


A única instituição que não mudou suas práticas foi a escola. Mesmo com modificações de métodos, sistemas apostilados de ensino, adoção de alguns equipamentos eletrônicos, educação inclusiva que lhe dá um certo ar de modernidade, bem lá no fundo, continua a mesma do passado, com aulas expositivas, avaliação por meio de provas e acreditando que os aprendizes são meros receptores e reprodutores do pensamento alheio.

A Constituição Federal Brasileira (artigo 205, caput) afirma que a educação se deve desenvolver o aprendiz plenamente, preparando-o para exercer seus direitos de cidadão e qualificá-lo para o mundo do trabalho. Será que a escola está cumprindo o seu papel? Se está, para que mundo os jovens estão sendo preparados? Para o passado ou para o futuro?

Sem dúvida alguma, a escola é a instituição educativa e social mais apta para completar a educação familiar. Sua ação é de formar e informar os conhecimentos conquistados pela humanidade, já que seria uma tarefa impossível abranger todos esses conhecimentos na educação familiar. Mas a escola, mesmo com ares de modernidade está longe de ser a escola deste novo século, porque está presa ao passado em sua prática. Por isso, precisa reformular de uma reformulação geral tanto dentro como fora da sala de aula.


E quem pensar que estou inventando esta novidade, engana-se. Esta ideia tem raízes antigas que datam dos final dos anos de 1970, surgida nos EUA, e amplamente divulgada no trabalho de Carl Rogers. Este estudioso e autor de vários livros e dentre eles, um mais específico denominado “APRENDENDO A APRENDER”, pregava o protagonismo dos aprendizes.

Mais recentemente, Rudá Riccdi, Antônio C. G. da Costa, a filósofa Viviane Mosé e outros nomes da atualidade, concordam que a escola precisa construir um novo modelo educativo. Um modelo com uma visão mais humanista e mais global dos aprendizes, eles propõem um modelo educativo em que os alunos sejam, verdadeiramente, os construtores do seu conhecimento.

E o que vem a ser “protagonista ou construtores do próprio conhecimento? Na escola como foi no passado (e ainda é hoje) o professor é o detentor do conhecimento, ou seja, quem sabe é o professor. E por saber, a tarefa do professor é a de transmitir esses conhecimentos aos aprendizes.

No protagonismo do aprendiz é exatamente o contrário. O professor lança um tema aos alunos, os alunos pesquisam individualmente ou em grupos em livros ou na internet (celulares, tabletes ou computador da escola ou de casa), discutem e tiram suas conclusões, fazem um trabalho escrito, apresentam para a turma e são avaliados pelo professor e pelos colegas por critérios pré-estabelecidos como por exemplo: interesse, participação, assiduidade, do interesse pelo assunto, pelo teor do trabalho, da apresentação e da pontualidade da entrega. E isto deve acontecer com todas as disciplinas. Em outras palavras, o aprendiz torna-se responsável por sua aprendizagem.

Mas para que isto seja possível é preciso que também haja uma reestruturação igualmente fora da sala de aula. É preciso que a escola fornecer espaços físicos (criando laboratórios e bibliotecas bem equipados, videotecas e computadores com acesso à internet, espaços esportivos para várias modalidades, para a iniciação política (como grêmios e associações estudantis) e oficinas de Artes para que os jovens aprendizes possam desenvolver seus talentos e que possam ter boas experiências.

Porém, somente a criação desses espaços físicos de nada resolve. É preciso que a direção e seus assessores, o corpo docente e a comunidade estejam engajados nessa proposta. Ou seja, todos falarem mesma linguagem e desejarem a mesma coisa. Seria, portanto, a “Escola Padrão FIFA”, tão desejado por todos os brasileiros.
É preciso também que este novo modelo seja aceito pela comunidade. E se todos desejam que a escola brasileira tenha um alto padrão educativo, não será difícil convencê-la. Além disso, o protagonismo do aprendiz é muito usado em países em que o sistema educativo é de alto padrão, como por exemplo, na Coréia do Sul, Portugal e Finlândia.

Então o professor não exercerá mais a sua função? Responderemos a esta questão na próxima postagem.