OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 22 de abril de 2016

A ESCOLARIZAÇÃO

Nas últimas décadas, os termos educação e escolarização tem se confundido por serem considerados como sinônimos. Mas, são bem diferentes. a Educação é dada na família e a escolarização ou instrução é dada pela escola. 

Diferente da educação familiar, a escolarização tem uma sistematização (organização, planejamento e método) para cada idade e para etapa do desenvolvimento do educando, tem constância e regularidade, começa com conhecimentos que vão do mais simples ao mais complexos e se estabelece numa relação de ensino-aprendizagens entre professores e alunos num ambiente apropriado e estimulador.


Escolarização é sinônimo de instrução, portanto. ESCOLARIZAÇÃO é a “transmissão dos conhecimentos” conquistados pela humanidade ao longo do tempo, numa relação de ensino-aprendizagens consciente e sistematizada e dada pelas Instituições de Ensino. Tem por objetivo complementar a educação familiar, transmitir conhecimentos e preparar para o trabalho.

A escolarização é uma relação em que os papéis dos envolvidos são definidos e conscientes. Isto significa que todo professor sabe que deverá cumprir o seu papel transmitindo conhecimentos e todos os alunos sabem que seu papel é o de receber esses conhecimentos.

É através desta consciência dos papéis de cada um, que alguns vínculos entre se estabelecem entres seus principais personagens, tais como os vínculos de amizade, de consideração e respeito por todos os envolvidos, do sentido de hierarquia, do reconhecimento e respeito ás diferenças individuais, do sentido de prioridade, de percepção dos próprios limites e do limite dos outros, de justiça, entre muitos outros.

Para que estes vínculos se estabeleçam, a escolarização depende do ensino dos comportamentos, valores e regras dados pela educação familiar. Por isso, quando a família deixa de cumprir (ou faz de forma equivocada) a Instituição Escolar entra em crise, por ser o primeiro grupo social que as crianças entram em contato fora do grupo familiar.

São exemplos bastante comuns em crianças e adolescentes:

a) as crianças que não aprenderam a lidar com regras, geralmente, são as que mais recebem repreensões porque fazem tudo do jeito que querem ou que tem vontade do que aquilo que é o jeito certo de fazer.

b) a falta de empatia (colocar-se no lugar da outra pessoa) pois, a falta de respeito (valor) para com os limites pessoais, intelectuais e físicos tem sido enorme e tem gerado o famoso bulying.

c) é a falta do sentido de hierarquia (comportamento) é outro que tem causado agressões verbais e/ou físicas violentas á professores e entre colegas quando opiniões simples são divergentes.

A escolarização ou instrução subdivide-se em etapas de acordo com o desenvolvimento intelectual dos educandos:


a) ENSINO INFANTIL (para crianças de 2 a 5 anos) visa adequar as crianças pequenas ao novo grupo social.


b) o ENSINO FUNDAMENTAL (para crianças de 6 a 14/15 anos) destina á instrução básica.  Ainda depende da educação familiar na aquisição da linguagem e das noções aritméticas como as diversas formas de contagens e da experimentação dessas noções pelo educando.


c) o ENSINO MÉDIO (para adolescentes) visa mostrar ao educando as diferentes disciplinas que representam as áreas do conhecimento e fazer o educando perceber qual delas mais lhes desperta o interesse.


d) o ENSINO SUPERIOR (para jovens e adultos) composto de “bacharelados”, que se destinam para a profissionalização do educando. Já os cursos pós-graduações, mestrados e doutorados, são especializações decorrentes da escolha profissional dos educandos.

Sérgio Lazzarini é PhD em Administração (nas áreas de Organização e Estratégia)
 pela John M. Olin School of Business, Washington University, 

e) os CURSOS DE LIVRE DOCÊNCIA (PHD), final da escolarização e exclusivamente para adultos, visa a “produção de um campo teórico” nas diferentes áreas do conhecimento, ou seja, adequado para a formação de cientistas.



No final do Ensino Médio, é que ocorre a passagem da escola para o mundo do trabalho. A preparação para esse momento ocorre por meio das regras e demandas escolares. É um momento difícil, complexo, nem sempre linear e que provoca grande tensão nos jovens. Além disso, enfrentam ainda outras situações complicadíssimas: a entrada no mundo dos adultos e a luta para conquistar o primeiro emprego.

quarta-feira, 13 de abril de 2016

A EDUCAÇÃO FAMILIAR

OS ADOLESCENTES E A ESCOLA (I)

A educação é dada pela família. São os pais que ensinam aos filhos os comportamentos, hábitos, crenças, valores (familiares, morais, sociais, éticos) e regras que deverão ser usadas na sociedade e no convívio com outras pessoas. Esses ensinamentos são passados de forma espontânea, informal e no dia a dia.


Cabe a família ensinar os comportamentos para que a prole se torne adequada ao tempo e a época, aos diferentes ambientes sociais e a cultura em que se vive. E o que se entende por isso? Os pais devem ensinar: “o respeito para com as pessoas”.

As pessoas não são iguais e, portanto, possuem as diferenças de gênero, físicas e de idade, possuem opiniões diversas e fazem opções de acordo com seus gostos e preferências, possuem crenças religiosas e culturais. Por respeito entende-se a compreensão, o entendimento e as atitudes de atenção e de generosidade para com elas.

Por hábitos entendemos aqueles comportamentos corriqueiros e que são básicos para a convivência humana, como os cumprimentos, higiene etc.


Quem não conhece esta frase tão popular? E ela tem sua razão de ser, pois os pais são os modelos que os filhos observam e imitam na infância e se apoiam na adolescência e na vida adula. Os pais devem ensinar, incentivar e cobrar dos filhos os valores familiares, morais, sociais e éticos como: respeito à propriedade alheia, ao direito dos outros, o respeito aos mais velhos, a tolerância com opiniões e opções divergentes (individuais e coletivas), a importância do estudo e do trabalho, do esforço e a perseverança (pessoal e grupal), a dignidade, do compromisso assumido e a honra da palavra empenhada dentre tantos outros valores humanos. Talvez estejam achando pieguice, mas não é. É fato, se queremos viver tranquilos e seguros numa sociedade tão sonhada.

O que se tem visto é que nossa sociedade tem se transformado, ao longo das últimas décadas, numa sociedade intolerante, intransigente, agressiva e egoísta porque os valores básicos têm sido esquecidos. O que se tem visto é o forte sobrepujando o fraco, a corrupção levando vantagem sobre a honestidade, os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres, tudo isto porque o “EU” sobrepuja egoisticamente sobre o “NÒS”.  Vemos “as puxadas de tapete” acontecendo entre irmãos na própria casa e entre colegas no trabalho, na política porque a justiça enfraqueceu.  Hoje, percebemos só tem valor quem se dá bem e quem tem mais poder de intimidação. Por isso, crianças e jovens caem nas drogas e no crime.

As regras também têm ficado esquecidas. Entende-se por “regra” tudo o que é permitido ou proibido fazer. Caso uma proibição seja desrespeitada, deve receber uma penalidade, que pode variar de acordo com a gravidade do ato cometido e da idade de quem o cometeu. 

Por que ensinar regras nessa idade?  Porque são elas que ensinam os limites e a responsabilidade de nossas atitudes. E porque, quando crescerem, poderão fazer tudo o que quiserem? Ou não terão que obedecer as regras de trânsito e as regras do país? Portanto, quanto mais cedo aprenderem, melhor será.

As regras e punições devem ser combinadas entre pais e filhos, devem ser claras para que a criança entenda e possa cumpri-las. No caso de crianças (até 8 ou 9 anos), as punições devem ser imediatas, da forma como foi combinada e sem mudanças de última hora por pena, choro ou birras. Logo elas entendem e melhoram o comportamento.

No entanto, muitos pais não conseguem “dizer não” aos filhos, pois não gostam de vê-los tristes e decepcionados. Para outros, dizer “não” significa “perder o amor os filhos”.

A vida não é, nem nunca foi, um mar de rosas ou de felicidades eternas. Constantemente, ficamos tristes, aborrecidos e até com raiva de algo (ou alguém) que nos impediu de realizarmos algo que queríamos muito. Mas isto é. num primeiro momento, um extravasamento dos sentimentos. Depois esquecemos e logo desejamos algo novo. E é isso o que as crianças precisam aprender. 


Quanto ao amor filial, os pais só o perdem se forem permissivos e condescendentes em demasia. Crianças e adolescentes sentem falta das regras e outros ensinamentos  e não se sentem amadas e são sempre muito infelizes.

quinta-feira, 7 de abril de 2016

OS ADOLESCENTES E A ESCOLA

A adolescência não é somente um período de transformações físicas decorrentes do processo de desenvolvimento, mas também de transformações mentais, sociais, culturais e históricas. Cada geração vive o seu tempo em determinada cultura, em determinada sociedade. Assim como o adolescente de hoje difere do adolescente francês, norte-americano, chinês, russo ou africano, diferem também da geração anterior dentro do mesmo espaço cultural e social.


As sociedades vêm se tornando cada vez mais complexas. E em virtude dessa complexidade tem exigido muito dos jovens que se preparam para entrar no mundo adulto. A sociedade tem seu lado bom: maior acesso á informação por meio da internet, maior facilidade de comunicação, os fatos em tempo real, o encurtamento das distâncias geográficas. E o seu lado perverso: a violência (velada ou declarada), a exclusão social, as relações de poder em todos os setores (inclusive na escola), o aumento dos índices de gravidez e de abortos, a apologia do corpo saudável, da beleza estética e da moda etc e que são situações que causam impacto e geram conflitos.


Por outro lado, as estruturas familiares também têm se transformado muito e, aos poucos, vem perdendo sua característica milenar de composição, ou seja, formada pelo pai, mãe e filhos. Os homens, já não detém sozinhos o status de provedor pelo fato de que, cada vez mais as mulheres estão inseridas no mercado de trabalho.  Os hábitos familiares, como por exemplo, o de estarem todos à mesa para fazerem juntos as refeições, tem sofrido grandes mudanças por alguns estarem no trabalho, na escola ou num compromisso extracurricular.


Os adolescentes, influenciados por essa sociedade, estão ávidos para curtirem a vida e sabem que precisam preparar-se para enfrentá-la. Os adolescentes de hoje estão com tempo mais curto para o convívio familiar, devido a inúmeros compromissos como: frequentar as academias, pratica algum esporte, fazer cursos de línguas, conversar on-line com seus pares, ir a festas e as baladas, o que não faziam as gerações passadas. Esses jovens acreditam que participando da vida com suas qualidades e defeitos poderão adquirir o conhecimento e desenvolver capacidades para enfrentarem o mundo adulto num futuro bem próximo.



Mas há um lugar em que poderão adquirir informação e desenvolver suas capacidades e adquirir as habilidades para enfrentar a vida adulta com risco mínimo. Esse lugar é a escola, um espaço de convivência, de relações interpessoais e de transmissão de conhecimentos.