Tudo começou com a queda do Império Romano em 476 a/C e quando a Idade Média, um período de tempo desse ano
até o século XV. Nessa época, Roma fora invadida por povos bárbaros e o povo
fugiu para os campos. Foi um período difícil.
As mulheres, crianças e idosos tentavam a vida em
lugares cada vez mais distantes. Trabalhavam nos campos plantando pequenas
roças para a sobrevivência. Os rapazes e homens eram arrebanhados para formar
grandes exércitos que defendiam o pouco que lhes havia restado: a terra. Muitos
morreram nessas batalhas que duraram anos a fio. A vida era solitária longe da
família e foi uma época que difundiu os estupros, a pederastia e o
homossexualismo.
Mas não era só o populacho quem ia para o campo. Os
nobres e imponentes generais também foram. Estes, acostumados ao luxo e
conforto, mas principalmente à luta pelo poder, dominavam grandes quantidades
de terras, que ficaram conhecidas como feudos. Os senhores feudais lutavam
entre si com o objetivo de conquistarem cada vez mais terras. A população mais
simples e pobre era rendida facilmente. E se transformavam em servos e escravos.
Para garantir o poder e os domínios, os senhores
feudais precisavam de exércitos. Eles buscavam os soldados (ou guarda) entre a
população de servos e os remanescentes das guerras. E quanto maior a quantidade
de terras, maior era o contingente dos exércitos feudais. A guarda ficava
aquartelada nos castelos por longo tempo, esperando o momento de novas lutas ou
defendendo seus senhores em viagens em busca de novas terras. E o
homossexualismo corria solto.
Os senhores feudais obedeciam a seus próprios
interesses, ao Papa e ao rei. Por isso, mesmo sabendo que havia pederastia e homossexualismo
entre seus soldados, não dizia nada por acharem que as necessidades sexuais
deviam ser satisfeitas de alguma forma.
Os padres da época eram pessoas pobres, incultas, eremitas
e bonachonas. Viviam entre a população e atendiam aos doentes quando
necessário, além de levarem os ideais cristãos á população. Por isso, sabiam do
homossexualismo, estupros e casos de pederastia que acontecia nos castelos, mas
fechavam os olhos diante da situação. Diante do poder, era melhor calar. Muitos
deles também eram homossexuais. Dessa maneira, as práticas homossexuais eram
consideradas comuns e necessárias.
No século V, surge uma novidade. O cristianismo
tinha muitos adeptos e tentava se projetar como uma instituição religiosa de
caráter universal. Para isso, precisava ter uma estrutura estável e
hierárquica. Foi então que a igreja se dividiram em padres, bispos e Papa. Mas
para que tudo funcionasse era preciso definir a função e as obrigações de cada
um. O Papa era a autoridade máxima. Os bispos eram os representantes legais do
Papa nas províncias e os padres comuns atenderiam a população. E durante os
séculos V e VI o trabalho religioso se viu às voltas em firmar esta
estruturação e na construção de mosteiros em lugares distantes e pouco
habitados.
A vida no interior dos mosteiros não era fácil.
Além das obrigações religiosas e da meditação, a reclusão e o distanciamento
das outras pessoas obrigava os padres e monges a uma vida solitária, austera,
embora fossem levados a esta vida por vontade própria. A disciplina religiosa e
corporal, os trabalhos diários (cozinha, limpeza, lavoura) e divididos entre
todos marcava a vida comunitária dos mosteiros. Além disto tudo, a obediência
ás normas religiosas e às ordens do padre superior também eram rigorosas. A
vida monástica apresentava-se como modelo civilizador e moralizador e é nessa
época que o celibato (a renúncia dos prazeres carnais) foi instituído.
A vida nos mosteiros foi um campo fértil para as
práticas homossexuais. Uma regra, a Regra de São Bento, que exigia que os
mosteiros tivessem uma cama para cada monge. Porém, eles dormiam no mesmo
quarto com padre mais antigo. Por outro lado, uma outra regra, a de Cluny,
proibia que os noviços ficassem sozinhos, inclusive a noite, sem que fossem
vigiados por um padre orientador. Assim, tudo o que faziam (incluindo as
necessidades fisiológicas) tinham que ser acompanhados.
No entanto, ás escondidas, a homossexualidade entre
alguns monges e padres continuava acontecendo. Os homossexuais agiam como uma
espécie de bullying entre alguns desafetos ou como forma de intimidação para
conquista de algum privilégio ou regalias dentro do mosteiro.
No meio urbano, as práticas homossexuais entre
jovens solteiros era muito frequente. O governo de algumas cidades instituiu uma
lei que obrigava os jovens masculinos a se casarem mais tardiamente possível.
Ao contrario, as moças casavam bem cedo.
Os padres pregavam sobre a moral e os bons costumes e sobre as medidas
pelas autoridades nessas cidades promovendo discussões a esse respeito. Dessa
maneira, a Igreja se posicionava contrária a prática homossexual. Mas, a
prática continuava.
Por isso, a Igreja decidiu imputar algumas penalidades a quem as
praticasse. A primeira era a de acusá-los de heresia. Porém, alguns mais
afortunados explicava a situação afirmando que os encontros não eram sexuais,
mas amorosos porque gostavam da companhia um do outro para jogar ou se
divertir. E assim, as penalidades mais sérias e com conotação sexual eram
dirigidas às mulheres. Dessa forma, a homossexualidade passou a ser vista como
inocentes brincadeiras e não tiveram condenação antes do século XII. Quem fosse
pego no ato, fosse padre, monge ou leigo cumpria uma penitência, o que mostrava
que a Igreja era bastante tolerante.
Entretanto, São Columbano voltaria a insistir num tema: a sodomia
(entendida por ele, como prática homossexual). E ameaçava com condenações mais
duras. Assim os monges que cometessem atos de sodomia ou matasse alguém deveria
viver a pão e água por 10 anos. E se o mesmo fosse um leigo a pena seria de 7
anos, sendo que os primeiros 3 anos seria a pão e água e os anos restantes
poderia comer legumes secos com sal. No entanto, não poderiam comer qualquer
espécie de carne.
Em 1120, o Conselho
de Naplouse, ficou acordado que qualquer pessoa que se valesse voluntariamente
da sodomia, cometia um pecado gravíssimo cuja pena seria a tortura e a morte na
fogueira, o mesmo tratamento dado aos hereges e “bruxas”. E em 1179, o III
Conselho de Latrão anunciou que quem agisse contra a natureza (referindo-se à
prática homossexual) seria expulso do mosteiro se fosse padre ou noviço ou iria
para ele se fosse um leigo. E ambos seriam excomungados e banido do Igreja.
No final da Idade
Média, muitos países europeus foram despovoados por conta da epidemias e
guerras. Era o momento de procriar. Então, os homossexuais aproveitaram a
oportunidade e as práticas homossexuais voltaram a crescer, o que começo a
preocupar os governantes dos séculos XIV e XV. Mas não tinham mais as condenações
de antigamente. Não ignoravam sua existência, mas também não consideravam uma
prática comum e sem importância. Mostravam-se discretos, comentavam
sigilosamente e silenciavam sobre a questão da pedofilia, como recomendava o
Cânon de Avicena.
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