O que significa essa expressão?
Na língua inglesa, a palavra “closet”,
entre outros significados, quer dizer “fechar”. Significa “esconder” algo que é
secreto, reservado, privado, como guardar coisas valiosas num cofre. E em se
tratando do homoerotismo, o jovem guarda para si as descobertas sobre sua
sexualidade. Segundo Lead (1996), o segredo e a autodeterminação em guardà-lo a
“sete chaves” são características dos homossexuais.
Por um tempo, estar “dentro do
armário” é uma segurança de que seu segredo está bem guardado. Mas, é uma falsa
segurança, pois sabe que no menor deslize seu segredo pode vir a ser revelado. E
temem as consequências dessa revelação.
A tradução das expressões inglesas
“to come out of closet” e “coming out” é “sair do armário”. Um desejo de todo
homoafetivo. Significa que chegou o momento de revelar seu segredo e assumir
sua homossexualidade diante de todos.
Mas, “sair do armário” não é
tão simples, nem tão fácil como pode parecer. É uma atitude que exige muita
reflexão, autoconhecimento, de pensar, repensar e pesar prós e contras, de
conhecimento dos outros e de suas atitudes, das regras do novo jeito de ser, de
enfrentamentos, pois muitos ainda dependem economicamente dos pais. Uma atitude,
principalmente, de amadurecimento e de muita coragem. Portanto, “sair do
armário” é sempre um avanço e um momento importante em suas vidas.
Com o segredo assumido,
segue-se o momento da comunicação para a família, para a escola, trabalho (se
tiver ou não for adolescente), aos amigos e, por fim, para a sociedade em
geral. Esperam conseguir visibilidade e desejam assegurar que suas relações e vínculos
homoafetivos recebam o devido respeito.
Mas, nunca estão completamente
fora do armário. Sempre haverá ocasiões ou situações em que serão considerados e
tratados como heteros, pois é assim que a sociedade se acostumou a ver a sexualidade
das pessoas. E isto acontece até mesmo dentro das famílias e entre os amigos
que sabem e aceitam a homossexualidade de seus entes queridos. Não é preciso
mencionar novamente que muitos pais ainda acreditam que não passa de uma fase,
uma doença e que, um dia, tudo passará e constituirá uma família de acordo com
os padrões sociais.
Por outro lado, muitos adolescentes fingem que são heteros
em festas, na escola, na casa ou em reuniões com parentes. E na tentativa de
evitar o constrangimento dos pais, muitos adolescentes fingem ser heteros, fazendo
com que permaneçam dentro do armário um tempo maior que o necessário. O armário
não só esconde o segredo, mas também o que a sociedade se nega a enxergar. Castañeda
(2007).
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