OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

segunda-feira, 18 de maio de 2015

EU SOU “GAY”.


Você fez uma porção de planos enquanto esperava a chegada do seu bebê. Nestes planos estavam inclusos os desejos de boa saúde, que fosse feliz em tudo o que fizesse, que cursaria boas escolas e quem sabe, seria “doutor”. Mas jamais, nem nos sonhos mais remotos e inconscientes, você desejou que ele(a) fosse homossexual, assim como ninguém deseja que o filho nasça com uma deficiência qualquer, que seja marginal ou doente mental.

E seu bebê nasceu bem, bonito e forte. Na Infância, parecia ser a criança mais perfeita do mundo: educada, prestativa, amorosa, carinhosa, dedicada aos estudos. Na adolescência também. Mas a certa altura do caminhar de seu filho, ele ou alguém lhe diz que o seu “bebê” é gay.

Claro que você não acredita no que está ouvindo. Nem pode acreditar. Como ele (a) prefere uma pessoa do mesmo sexo para amar? Meu filho (a) que amo tanto, que acalentei em meu seio para que se alimentasse; aquele a quem dedico o meu mais incondicional amor é gay? Não, não pode ser. E aí vem a confirmação e o mundo parece desabar.



Achar que é uma doença, um problema psicológico, uma aberração da natureza, um castigo divino, uma falha de caráter ou uma opção pessoal é normal e faz parte de um processo de aceitação. Um processo longo e demorado que passa por algumas fases. E a primeira é, sempre, a negação do fato. Afinal, vivemos numa sociedade que é majoritariamente heterossexual (com casais formados por um homem e uma mulher). E o que os outros vão pensar?

Para os pais que vivenciam esta fase, saibam que não são os únicos. Não é errado ficar assustado, triste, chorar e se revoltar. Mas não se precipitem em colocá-los para fora de casa, nem os tratem mal. Mantenha-se fiel no amor pelo seu filho (a) e dê tempo ao tempo. Quanto ao que os outros vão pensar, não se preocupe porque seu filho (a) é MAIS IMPORTANTE do que os achismos e pensamentos de terceiros.


A segunda fase, é a da ajuda. O pensamento mais comum é o de “se meu filho está “doente” preciso levá-lo ao médico, ao psicólogo, ao psiquiatra, ao padre, pastor ou curandeiro, etc.” Antes de tomar esta atitude, pense mais uma vez no seu filho e procure informações a respeito.

Saiba que o homossexualismo não é doença de nenhuma espécie, nem desvio de caráter ou o que mais você pensar e, portanto, não precisa de cura. Também não é castigo. Vocês pais fizeram algo errado para merecerem castigo? Acredito que fizeram tudo o que estava ao seu alcance para dar a melhor educação. Homossexualidade também não é opção, pois ninguém, em sã consciência, escolheria para si um caminho dificultoso em busca da felicidade, como ser discriminado, perder certos direitos civis ou ser assediado por gente preconceituosa como os homofóbicos.

Por que você pai, escolheu uma mulher por companheira? E você mãe, por que escolheu um homem por companheiro? Por opção? Por que mãe, você escolheu esse homem para marido e não outro, talvez mais rico, mais bonito? E você pai, por que escolheu entre tantas mulheres, justamente essa por companheira? Com os homossexuais é a mesma coisa. O que nos atrai para esta ou para aquela pessoa é uma química inexplicável e misteriosa a que chamamos de “AMOR”.


E o que é o amor? Segundo os dicionários, o amor é um sentimento de carinho e de afeto entre seres que possuem a capacidade de o demonstrar. É um querer bem, um querer estar junto e bem perto da pessoa amada e suscita a necessidade de proteção.

O amor manifesta-se de várias maneiras: entre pais e filhos (amor paternal e maternal), entre irmãos e amigos (amor fraternal), o amor pela natureza, o amor por animais, amor altruísta, o amor religioso, o amor à vida, o amor próprio etc. O amor físico existe entre casais e o sentimento que os une é uma forte ligação afetiva que, geralmente, envolve a sexualidade. O amor suscita o interesse de agir em benefício da pessoa amada, e isto, provoca entusiasmo. E desse entusiasmo e da necessidade de fazer a pessoa amada ser feliz, vem o sexo, como consequência.

E é, dentro desta definição de amor, que o filósofo francês Michel Foucault disse: “mais que uma explicação para os gostos sexuais, o que os seres humanos mais precisam é de uma arte de bem-viver”.  Para Foucault, essa arte era saber cuidar de si mesmo, porque ao fazermos uma outra pessoa feliz, também ficamos felizes. “Cuidar de si mesmo” é uma prerrogativa de todo e qualquer ser humano, tenham eles uma destas designações: hetero, homo ou bissexuais. E “querer fazer o outro feliz” é tão natural que não importa o sexo que esse outro tenha.



Qualquer pai ou mãe não quer que seu filho (a) sofra. E quando isso acontece o acolhimento, o carinho, e o respeito são sempre uma boa pedida. E todo filho (a) hetero, homo ou bixessual quer ser amado, acariciado, compreendido, aceito e respeitado pelos pais.

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