Os
seres humanos dividem-se entre homens e mulheres. Assim, a sexualidade está
inserida na vida das pessoas desde a fase embrionária. Por isso, queremos saber
se o futuro bebê será menino ou menina. Essa informação influenciará desde a
escolha do enxoval até as expectativas em relação a comportamentos que se
fixaram por meio da educação, da cultura e da sociedade onde esteja inserido.
Ao
chegar na puberdade, meninos e meninas passam por mudanças físicas devido a
certos hormônios que amadurecem e passam a agir. Essas mudanças influenciam no
aspecto físico, no comportamento e no psicológico de cada jovenzinho. A
descoberta de um novo corpo, de sensações que ainda lhes são estranhas e que
ainda não compreendem muito, de alterações de humor são indícios dessa fase e
que os prepara para vida sexual ativa. Evidente que o erotismo e sexualidade
passam a fazer parte e a influenciar atitudes, comportamentos e as emoções.
Com
a descoberta de um corpo modificado pelas transformações físicas e hormonais,
os desejos e necessidades sexuais se tornam mais intensos. E é preciso
conhecê-lo,
Com
os deficientes intelectuais não é diferente, pois passam pelas mesmas fases de
desenvolvimento que qualquer pessoa. Mas, a sociedade costuma considera-los
como “eternas crianças”. Criança assexuadas, ou seja, são desprovidos de desejos e necessidades relacionados com as funções sexuais.
Triste
engano. Pensar desta forma é negar o desenvolvimento físico, que independe das
limitações cognitivas que os deficientes intelectuais possam vir a ter. Por
isso, as funções sexuais, os desejos e necessidades estão preservados como em
qualquer outra pessoa.
Por
outro lado, se algumas pessoas negam a sexualidade dos deficientes
intelectuais, há um outro grupo que pensam que eles possuem uma sexualidade
muito aflorada, com desejos e necessidades exagerados e sem controle.
O
interesse por sexo varia de pessoa para pessoa, sejam elas deficientes ou não.
Interesse e frequência da pratica sexual são coisas distintas. Porém, quando se
trata de deficientes intelectuais vira perversão. E uma perversão decorrente de
suas limitações.
No
entanto, o pensamento de que os deficientes são assexuados ou hiperssexuados
surge da falta de informação e da educação sexual para esses jovens. Se
são “eternas crianças”, falar sobre sexo seria uma maneira de incentivá-los a
praticar. Se possuem uma “sexualidade doentia”, nada é possível fazer. E
pensando dessa maneira, esses jovens caem facilmente nas mãos de “espertalhões”
que se aproveitam da ingenuidade e da ignorância para a pratica de atos de
violência e de abuso sexual.
Mas,
infelizmente, esse assunto ainda é tabu em nossa sociedade. Quantos pais
sentem-se incomodados, envergonhados quando se toca no assunto. Quantos outros
mitos sobre sexualidade existem girando por aí entre pessoas normais e quantas
delas procuram saber se é verdade ou mentira? Pouquíssimos, com certeza. E é
por isso que os índices de violência, de gravidez indesejada e de doenças
sexualmente transmissíveis continuam aumentando.
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