Muitas
pessoas possuem uma porção de dúvidas sobre a deficiência intelectual e não
procuram conhecer o que ela seja. Então baseiam-se em comentários que nada tem
a ver porque são invenções arcaicas. Outras sentem-se incomodadas diante de um deficiente
intelectual (DI) e evitam a aproximação com essas pessoas. Outras ainda, ficam
consternadas diante de um deficiente. Mas, tudo não passa de puro e simples desconhecimento.
Os
deficientes intelectuais são como qualquer pessoa. Tiveram uma concepção e um
desenvolvimento gestacional como todo mundo. Comem, dormem, fazem as necessidades
fisiológicas, tem desejos, necessidades e sonhos. Muitos sonhos. Portanto
deficiência intelectual não é uma doença, mas uma condição.
É na cadeia do DNA que ocorrem os erros genéticos.
Condição
porque eles não pediram ou não fizeram nada para que isto acontecesse. São
assim porque ocorreu um erro genético ou teve um traumatismo (falta de
oxigenação) durante o parto ou depois do nascimento que os deixou assim. Dependendo
do erro ou do traumatismo e da área cerebral afetada as consequências podem ser
leves, moderadas ou graves. Alguns tem mais visível as marcas desse erro
(estigma) e outros não possuem.
Somente de olhar já sabemos que esta garota
tem Síndrome de Down. O formato dos rosto e dos olhos
já dizem tudo. É o estigma.
Os
nomes das diversas deficiências da intelectualidade podem assustar um pouco. Sindrome
é um termo que mete medo: Síndrome de Down, Sindrome de Cornélia de Lange,
Síndrome Cri von Chat, Sindrome de Rett, Síndrome de Angelman, Sindrome do X
Frágil e tantos outros.
Saiba
que o significado do termo “Sindrome” refere-se a condição do sujeito e o complemento
é o nome do descobridor do erro genético. Independente do nome que tenha, fundamentalmente,
eles possuem um cérebro que funciona mais lento que o dos demais humanos
considerados “normais”. É só isso.
Uma
outra dúvida muito comum é se os deficientes intelectuais morrem mais cedo que
as demais pessoas por conta da deficiência? A resposta é NÃO. Assim como eu e
você podemos morrer amanhã, no ano que vem ou daqui a 20 ou 30 anos. Eles
também.
Algumas
síndromes vêm acompanhadas de algumas complicações (comorbidades), como problemas cardíacos,
pulmonares, intestinais e digestivos. Mas, se tiverem um acompanhamento médico
desde muito cedo, vivem bem e longamente.
Outra
dúvida também comum é saber se precisam tomar remédios para controlar a
deficiência? NÂO. Não existe remédio que combata e cure um erro genético.
Muitas vezes, eles tomam remédios sim para controlar alguma complicação
provocada pela síndrome, da mesma forma que o cardíaco toma remédios para o
coração, alguém toma remédio para aliviar as dores causadas pelas varizes ou
toma laxantes para resolver algum problema intestinal.
Outra
dúvida comum é a de saber se as pessoas que babam passam a “deficiência”.
Novamente, a resposta é NÃO.
Algumas
síndromes afetam o sistema motor (dos movimentos). Este sistema envolve os
músculos. E são eles que, além de rechear nosso corpo, puxam os ossos para
realizarmos os movimentos necessários ou desejados. Esta última função exige
que os músculos tenham uma certa força (tonicidade) para puxar os ossos (tensão)
e depois relaxar. Nessas síndromes os músculos não têm a força necessária. A
boca e a língua são formadas por músculos que ficam mais relaxados que tensos.
Por isso, não conseguem controlar a produção da saliva. Portanto, não passa
coisa alguma.
Continuamos na próxima postagem.
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