Um
segundo direito dos deficientes é o respeito. Um direito estabelecido na Convenção
Internacional 2001, dirigida por um comitê especial da ONU.
Falar
de respeito parece ser uma tolice. Mas, não é. Embora todos queiram ser
respeitados, muitos deficientes não o são. Segundo a ONU, existem 650 milhões
de deficientes no mundo. Uma quantia que corresponde a 10% da população mundial.
E 20% dos deficientes vivem nos países mais pobres do globo.
A
maioria das crianças deficientes (90%) não frequentam a escola. Vivem marginalizados porque não conseguem
realizar tarefas comuns do cotidiano seja pela deficiência, seja ela física, intelectual
ou sensorial. Este fato é agravado por condições sociais ou ambientais. Entre
os adultos deficientes apenas 3% são homens alfabetizados contra 1% são de mulheres
alfabetizadas. Diante desses dados podemos deduzir que não há tolice alguma. Mas
algo que precisa ser falado, discutido e posto em prática.
O
respeito começa na família. Em pleno século XXI, parece absurdo que as famílias
vejam seus filhos deficientes como estorvos. Mas, muitos ainda são vistos dessa
maneira. Reclamam de suas incapacidades, não ouvem suas ideias ou sequer ligam
para os seus sentimentos. Muitos apanham ou permanecem trancados em casa, por
vergonha de apresentá-los á sociedade.
Nosso
Sistema de Ensino ainda privilegia os não deficientes, quando leva em conta a idade
cronológica dos deficientes intelectuais e não a idade mental.
Muitas
escolas, embora se intitulem como “inclusivas”, na realidade apenas inserem.
Isto porque não fazem currículos especiais para as diferentes deficiências e nem
possuem materiais especializados. Por exemplo, os deficientes intelectuais são
obrigados a seguir um programa comum a todos, fazer trabalhos, provas e
avaliações iguais aos alunos não deficientes.
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