OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

segunda-feira, 11 de agosto de 2014

DEFICIÊNCIA: COMO OS PAIS DEVEM AGIR?


Passado algum tempo da informação de que o filho apresenta algum tipo de deficiência, os pais precisam agir com uma certa rapidez. A primeira ação é a busca por uma opinião médica. O pediatra é o mais indicado num primeiro momento. Diante da confirmação é ele quem passará a indicar os profissionais mais indicados para a deficiência do bebê.

Por que buscar essa opinião?


Primeiro, porque os pais querem uma explicação mais segura para o problema do filho. E quanto mais cedo tiverem essa “explicação”, melhor. Estamos falando de “diagnóstico do problema”, ou seja, do nome do que a criança tem.

É certo que algumas deficiências levam um tempo maior (anos) para serem diagnosticadas. Porém estas são as que trazem a expressão “não especificada” no rótulo (nome da síndrome).

Em segundo lugar, é compreensível que os pais queiram saber o que o filho tem. E quanto mais cedo souberem, mais rápido se acalmam e mais precoces serão realizados os tratamentos necessários, e livrando os filhos dos efeitos nefastos que algumas deficiências podem causar.

A cegueira, a surdez e a deficiência física são pontuais. Ou seja, atingem um órgão específico ou uma parte do corpo. Isto significa que estas deficiências não trazem outras implicações para a saúde física e mental do bebê. Cegos, surdos e deficientes físicos são pessoas inteligentes e que podem levar a vida normalmente independente de suas limitações.


Mas, a deficiência intelectual quase nunca vem sozinha. Dependendo do rótulo que lhe é dada (Down, West, Rett, Esquizencefalia, Angelman etc), podem vir acompanhada de uma série de outros sintomas (comorbidades) que, se não forem cuidados a tempo, geralmente agravam os efeitos da deficiência, a saúde e colocar a sobrevivência do bebê em risco. Um exemplo clássico dessa comorbidade é a Sindrome Cri du Chat que apresenta microcefalia, malformação da laringe e das orelhas, problemas na força muscular, retardo neuromotor e intelectual severo.

A deficiência intelectual pode vir ou não com estigma. Estigma são sinais visíveis e inconfundíveis da deficiência, como por exemplo, a Síndrome de Down. Já a Paralisia Cerebral leve não apresenta esse sinal.

Por outro lado, a deficiência nem sempre é descoberta no nascimento. Algumas são descobertas algum tempo depois (de 1 a 3 anos) e, geralmente, são os próprios pais quem percebe que a criança não está se desenvolvendo como as outras crianças. Uma dessas observações é a de o bebê não conseguir manter a cabeça firme sobre o pescoço após o terceiro mês de vida. E se isto passou despercebido, não conseguir sentar sem apoio após os 7 meses. Se isto acontecer, procure ajuda.


Outro caso clássico é a do autismo. No autismo (Transtorno de Desenvolvimento Global) a criança se desenvolve normalmente até um certo tempo (de 1 até os 3 anos) e depois, inesperadamente, esse desenvolvimento cessa. E o bebê deixa de reagir aos estímulos que reagia anteriormente.

Mas, ainda assim, os deficientes intelectuais podem levar uma vida mais próximo do normal possível, dependendo da comorbidade e das limitações impostas pela deficiência.

Portanto, informado no nascimento ou se os pais notarem que algo não vai bem, devem procurar ajuda profissional o mais rápido possível. Nada de ficar esperando porque a avó disse, a vizinha falou ou porque a comadre conheceu alguém que tinha um problema parecido e melhorou. Cada caso é um caso e com saúde não se brinca. O que pode ser tratado hoje, pode não ter mais jeito amanhã.