O
nome deste transtorno refere-se a uma antiga lenda da mitologia grega: a do
belo e orgulhoso NARCISO.
Narciso
era um jovem muito bonito, tinha muitas ninfas apaixonadas por ele, mas
desprezava a todas. Um dia, ao olhar seu próprio reflexo num pequeno espelho
d’água, apaixonou-se pela imagem que viu. E ficou ali admirando-se. Sem
comer e beber para não deixar a imagem refletida, definhou e morreu.
Conhecendo-se
esta lenda pode-se compreender mais facilmente este transtorno que, por sinal é bastante
invasivo, que pode começar na adolescência ou na juventude (o que ninguém dá
importância por ser considerado como uma característica própria da idade), mas
que se fixa na idade adulta como transtorno. Sua incidência é maior entre os
homens e calcula-se que atinja de 2 a 16 da população diagnosticada
clinicamente, o que corresponde a 1% da população geral.
As
causas deste transtorno ainda não foram definidas, nas, o diagnóstico baseia-se
em 9 características básicas.
A
primeira característica é a necessidade de admiração. Aos sujeitos com
transtorno de personalidade narcisista ama a si próprio em demasia e ao mesmo
tempo, há uma falta de empatia na relação com os outros. Valorizam sua
importância e suas realizações (sejam pessoais, estudantis e/ou profissionais).
E, na maioria das vezes, esse exagero pode ser entendido como presunção ou
arrogância.
A
segunda característica é que fantasiam que são predestinados a todo tipo de
sucesso, poder, de inteligência, de beleza e de amor e acreditam que estão
acima do bem e do mal porque são pessoas perfeitas e dotadas de grandes qualidades.
E por acreditarem nisso, são exigentes. Querem sempre o melhor e acham que os
demais devem satisfazer esses desejos ou suprir suas necessidades.
A
terceira característica é que com relação a sua autoestima. Com uma autoestima
bastante ampliada acreditam que são admirados e invejados pelos demais. Acreditam
que essas qualidades são ilimitadas e que os outros os consideram da mesma
maneira. E quando isso não acontece do jeito que esperam, são implacáveis.
Desvalorizam os demais com uma frieza e uma falta sensibilidade que
impressiona. Jamais reconhecem que outra pessoa pode ser mais capaz ou mais
talentosa que eles.
A
quarta característica é a exigência da admiração excessiva. Mas, se a
autoestima é exacerbada, ela também é frágil. Por isso, estão sempre preocupados
em como os outros os vêm. Por isso, usam de artimanhas para receber elogios.
A
quinta característica é a necessidade de intitulação. Gostam de ser bajulados,
adulados, de receber tratamentos especiais e de ouvirem suas qualidades
ressaltadas pelos outros. E ficam embaraçados e muito bravos se isto não
acontece.
A
sexta característica é a sua relação com as críticas. Não as aceitam em espécie
alguma. Mas, constantemente criticam e enumeram as falhas dos outros. Esperam
que as pessoas estejam sempre prontas e dispostas a servi-los. E se aproveitam,
muitas vezes, para explorar a boa vontade dos outros, principalmente, se
estiverem sobre sua chefia. Com bastante frequência, usurpam privilégios e
recursos extras julgando-se especial.
A
sétima característica é a falta de empatia. Não conseguem colocar-se no lugar
dos outros e de perceberem que as outras pessoas possuem sentimentos, desejos e
necessidades iguais ou mais emergenciais que as deles. Eles, e somente eles,
são o centro de seus pensamentos e do seu bem-estar. Os sentimentos, desejos e
necessidades dos outros são supérfluas, sinais de fraqueza e vulnerabilidade. E
se aproveitam para se sobreporem ou desdenhar sobre eles. Guardam rancor
também. Por isso, os relacionamentos sociais, profissionais e conjugais ficam
prejudicados (8ª característica).
Da
nona característica fazem parte a presunção e a arrogância. Apresentam atitudes
imponentes e exigentes, muitas vezes camufladas de gentilezas e elogios. São
implacáveis insolentes quando o rancor e a fúria se instala. Menosprezam os
outros, mas bastante ardilosos para conseguirem o que querem (elogios,
privilégios, admiração, etc.)
O
tratamento deste transtorno é psiquiátrico. Estas 9 características definem o
transtorno de personalidade narcisista de outros transtornos com
características semelhantes. E se tornam mais graves quando outros transtornos
agem em comorbidade (associados).
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