Este
transtorno também é chamado de “Transtorno de Personalidade Emocionalmente
Instável”, “Transtorno Explosivo Intermitente” e “Síndrome de Descontrole Episódico”.
A
marca deste transtorno é a impulsividade, ou seja, age de acordo com a explosão
emocional do momento sem levar em conta a consequência dos seus atos. Todo ato
impulsivo está subordinado a um comportamento emocional instável, ora com
períodos de calmaria, ora com períodos de agressividade física ou verbal. São aquelas
pessoas que costumamos definir como “de pavio-curto” ou “dos cinco minutos”.
Os
acessos de raiva são frequentes e podem ficar mais sérias quando suas atitudes
são criticadas ou impedidas pelas pessoas ao seu redor, chegando até a destruir
o que encontrar pela frente, pois não conseguem dominá-la.
Outras
características são: o sarcasmo (evidenciado pela ironia durante suas explosões
verbais), a implicância, a amargura permanente e o adiamento de coisas que
precisam ser realizadas (dificilmente entregam trabalhos escolares ou do
serviço na data marcada).
Durante
os períodos das crises, essas pessoas podem:
1-fazer uso de bebidas alcoólicas, pois há
uma suscetibilidade para a “embriaguez patológica”. Mesmo que a dose seja
pequena, a pessoa fica transtornada, a raiva aumenta, as atitudes são bem mais
agressivas. Depois, não se lembram do que fizeram ou disseram. Por isso, os
familiares devem ficar atentos.
2-Furtar objetos (cleptomania) com ou sem valor
monetário para uso pessoal ou não.
3-Alguns são piromaníacos, isto é, ateiam
fogo a propriedades, pessoas, animais ou objetos por puro prazer ou para
aliviar a angústia.
4-Outros, partem para as jogos de azar ou
fazem apostas. É o chamado “jogo patológico”.
5-Arrancar os pelos do corpo de forma que
as falhas fiquem bem visíveis. E uma espécie de auto flagelo chamada de “tricotilomania”.
Apesar
das crises, são pessoas simpáticas, educadas, interagem bem com os diversos
grupos sociais e gostam de um bom papo. Mas, não reagem bem diante de
frustrações, reagindo sempre com agressividade com o forte desejo de ferir
pessoas e objetos. É quando descarregam a raiva. Muitas vezes, durante as
crises de agressividade, as pessoas com este tipo de transtorno podem ferir
mortalmente outra pessoa com agressões físicas fora de propósito, atacar pessoas
estranhas e animais sem que haja um motivo justificável para isso ou causar
acidentes automobilísticos (direção criminosa) e destruir brutalmente uma
propriedade sua ou de outrem.
Após as crises, vem sempre a auto reprovação (arrependimento)
e a culpa. Estes sentimentos podem gerar diferentes graus de estados depressivos.
As
consequências dos atos impulsivos fazem com que as pessoas sejam suspensas ou expulsas
das escolas, percam o emprego, aumente no número de namoros e casamentos desfeitos
por causa de relacionamentos difíceis e conflituosos, sofrem acidentes variados
e muitas internações hospitalares, e envolvimentos policiais.
Estudos
tem sido feitos sobre o esse transtorno. Esses estudos mostram que existem
alterações eletro-encefálicas não especificadas no lobo frontal dessas pessoas,
alterações estruturais ou funcionais do Sistema Nervoso Central, evidências de lesões
irritativas e focais nos lobos frontal e temporal.
Portanto,
o tratamento deste transtorno deve ser neurológico e psiquiátrico. É
preciso salientar que nem todas as pessoas explosivas sofrem deste transtorno. Para
que se diagnostique como transtorno, outros elementos precisam ser considerados
e verificada a sua durabilidade ao longo do tempo e em vários contextos.
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