TRANSTORNO DE PERSONALIDADE DEPENDENTE (III)
Suponhamos
que, ao contrário do que afirmamos até aqui, uma criança cresceu ativa e com
autonomia. Comportamentos estes que teve também na puberdade e boa parte da
adolescência. De repente, passa a ter um
comportamento passivo, submisso, aderente, com dificuldades em tomar decisões
banais e corriqueiras, tais como: se deve ou não levar o guarda-chuva num dia
chuvoso, que roupa usar num dia como esse, ou ainda, se deve tomar sopa antes
ou depois do prato principal.
Fica
a espera que uma pessoa em especial (mãe, pai ou namorada) lhe diga a todo
momento: o que deve fazer, com quem conversar, que amigos deve ter, que livros
ler, que programas assistir na TV , que cursos deve fazer, em que escola deve estudar e assim por diante. E fica ansioso e
angustiado quando as sugestões demoram e, mais ainda, quando não as obtém.
Apesar
de ansioso e angustiado nunca se zanga quando a sugestão ou o apoio que
necessita não chega. Ao contrário, mostra-se compreensivo e cordato. Isto
porque teme perder o apoio, a atenção e os cuidados dessa pessoa ou de
afastá-la de perto de si e, por isso, permite que ela dirija a sua vida.
Mas,
porque isso acontece? Na maioria dos casos, esse comportamento surge de
sentimentos de inferioridade, de incapacidade ou de inutilidade. Acha que os
outros sabem mais e melhor e acredita que necessita dela pois perdeu a
confiança em si mesmo na iniciação e realização de alguma tarefa, porque jamais
conseguirá realizá-los sozinhos.
Assim,
essa forma invasiva, estranha, incômoda é uma das formas mais evidentes do
transtorno de personalidade dependente.
É
evidente que uma pessoa, que vai da infância á juventude, impedida de realizar
coisas próprias de cada idade tem grandes chances de vir a ter este transtorno, porque está sujeita a frustrações, a sentimentos de incapacidade e de pouca valia por muito tempo.
Mas, nem sempre é assim. Muitos, ao chegar na vida adulta conseguem resistir e se libertarem do domínio dos pais.
E a diferença entre um comportamento dependente e um transtorno de personalidade dependente" está justamente aí. O "transtorno de
personalidade dependente" começa, exatamente, no final da adolescência e avança pela vida adulta.
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