OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

DINAMISMO DA PERSONALIDADE

Na postagem anterior, vimos que introvertidos e extrovertidos ficam sujeitos a ação de funções psicológicas como as de pensamento, sentimento, sensação e intuição.

Jung observou ainda que uma dessas funções ficam mais evidentes (prevalecem) mais que as outras. Sendo assim, chamou-a de “função dominante” ou “principal”, porque e ela quem exerce maior influência sobre a personalidade dos indivíduos. Enquanto isso, as outras não desaparecem. Apenas se desenvolvem com menor intensidade, como se fossem auxiliares desta, foram chamadas de “funções secundárias”. A última, denominada por Jung de “função terciária” ou “inferior”, geralmente em oposição a função dominante, permanece no inconsciente sem que se desenvolvam.

Um sujeito introvertido ou extrovertido, por exemplo, poderá ter suas atitudes voltadas para o sentimento (função principal), tendo a sensação e a intuição como funções auxiliares e a função pensamento (inferior) não desenvolvido.

Isto parece complicado, mas não é tanto assim. Vejamos:

A função dominante é sempre inata ao sujeito, ou seja, já vem estabelecida no momento do nascimento e, com o decorrer do tempo, ela vai se mostrando mais evidente ou, frequentemente utilizada por ele. Por isso, dizemos que é a mais marca do sujeito.

Observando as pessoas, podemos verificar que umas pensam mais antes de agir, outras são mais impulsivas, outras que são dadas a seguir o “coração” (sentimento) ou as suas intuições. Por outro lado, existem aquelas que preferem viver ao ar livre ou escolhem profissões em que usem mais os sentidos (sensações). Para Jung, a função dominante ajuda os sujeitos na luta pela própria existência e adaptação ao meio.

Já as funções secundárias é para Jung, uma função diferenciadora e, por isso mesmo, possuem um desenvolvimento menor. Mas, são importantes porque são elas que mantém o equilíbrio entre a introversão e a extroversão. Por isso mesmo, há introvertidos que conseguem falar em público ou escolhem profissões em que conseguem expor seus pensamentos, como por exemplo: cantores e atores.

Como vimos, a função terciária tem um desenvolvimento bastante rudimentar. Ela também é importante porque estabelece o equilíbrio entre o consciente e o inconsciente já que é oposta a função dominante.

Se tivesse algum desenvolvimento, a carga energética dispendida faria com que a pessoa entrasse em choque com o tipo dominante. Assim, por exemplo, o sujeito estaria constantemente em dúvida em ter autonomia ou dependência. Isto causaria personalidades patológicas e colocaria em risco a sanidade mental.

É preciso citar que não existem sujeitos de um tipo psicológico único ou puro. Todos os seres humanos são uma mescla destes tipos, onde inúmeras combinações são possíveis.


Fonte:
JUNG, C.G. Tipos Psicológicos. RJ, Editora Vezes, 1971
SILVEIRA, Nise da. Jung, vida e obra. RJ, Ed. Paz e Terra, 1998
STEIN, Murray. Jung: o mapa da alma – uma introdução, SP, Cultrix, 1998

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