OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

ESQUIZOFRENIA


A esquizofrenia é uma doença mental grave. Caracteriza-se por pensamentos, percepções e emoções desorganizados, resultado de uma desorganização muito grande dos processos mentais, causando prejuízo nas relações interpessoais, sociais, familiares e no trabalho dos sujeitos.

O sentido de realidade e imaginação ficam tão confusos que os sujeitos não conseguem distinguir uma da outra e perdem o sentido de certo e de errado.

A doença se manifesta por meio de crises agudas, com sintomas intensos e com intervalos de aparente normalidade (remissão) quando os sintomas parecem desaparecer e os poucos que permanecem, não são tão fortes.

Geralmente, essa doença tem início no final da adolescência ou, na vida adulta, até os 40 anos e atinge homens e mulheres. É uma doença que deteriora a personalidade dos sujeitos, fazendo com que vivam num estado de demência, mais conhecido como loucura.

CAUSAS

As causas da esquizofrenia ainda são desconhecidas. Porém, sabe-se que fatores biológicos, genéticos e ambientais podem influenciar no seu aparecimento. Essa influência varia em diferentes graus, tanto para o aparecimento como para a evolução da doença. Estatisticamente, filhos de esquizofrênicos tem 10% de possibilidade de contrai-la, enquanto que para a maioria da população essa possibilidade equivale a 1%.

SINTOMAS

Os sintomas variam de um sujeito para outro. Alguns esquizofrênicos podem apresentar delírios. Isto é, formulam um pensamento ou ideia fixa, falsa, imaginativa e sem lógica e acreditam nela. Geralmente, são ideias de perseguições, místicas ou de grandeza, como nas psicoses. Outros, tem alucinações, como ouvir vozes que os “obrigam” a realizar certos atos ou, ter visões assustadoras. Mas, todos tem pensamentos e fala desorganizados, desconexos e ilógicos. Isto é, são incapazes de manter uma conversação com pensamentos em uma sequência lógica.

Os esquizofrênicos apresentam também uma incapacidade de mostrar suas emoções e sentimentos. A expressão de alegria, tristeza, orgulho, saudade (entre outras) são mornas e sem viço, podendo ser definidas como “indiferença”.


Os esquizofrênicos mostram ainda alterações comportamentais. Uns são mais impulsivos, agitados e agressivos. Outros são mais calmos, tranquilos e cordatos. Alguns podem falar sozinhos e em voz alta ou andarem nús em público. Alguns tentam o suicídio, agridem, xingam, quebram coisas porque se sentem (ou julgam ser) perseguidos. Outros, se auto-isolam, ou seja, perdem o interesse pelo contato com outras pessoas e evitam qualquer aproximação com outros seres humanos.

DIAGNÓSTICO

 O diagnóstico consiste numa entrevista com o sujeito e sua família onde é levantada sua história de vida, do relato completo e detalhado dos sintomas que apresenta, pois não existem exames que possam detectar as alterações mentais causadas pela doença.

O TRATAMENTO

O tratamento é o psiquiátrico, combinado com terapia ocupacional e arte-terapia. O remédio é o interesse, afeto e carinho. Não há, até o momento, cura para essa doença.

Fonte:

Apontamentos de aula

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

PSICOSES DELIRANTES CRÔNICAS

As psicoses delirantes crônicas são distúrbios da mente. São conhecidas pelo termo “paranoia”, e infelizmente, são distúrbios graves porque envolvem a sanidade mental de quem as possui. São manifestações de um estado de loucura.

O paranoico é uma pessoa doente da mente. Por isso, apresenta uma desarmonia (incoerência) entre o que pensa e o que sente. Em outras palavras, o sujeito paranoico distorce a realidade.

Se pensamento é desconexo. As ideias aparentam um conjunto estruturado e organizado. Isto significa que, possuem um tema e um relato compreensível aos ouvintes. No entanto, percebe-se pelo contexto desse relato que os fatos não são verdadeiros e, sim, de um delírio. E esses delírios não são estranhos, nem bizarros. Ao contrário, parecem mais uma ideia fixa e, por mais que se faça, não muda seu pensamento por acreditar que ele está com a verdade.


Os delírios, geralmente, são baseados na interpretação do sujeito sobre alguém ou algum fato em que ele se vê envolvido e é a figura principal (egocentrismo). Interpretação esta que parece sistematizada e coerente.

No início, até pode parecer teimosia ou birra. No entanto, se durar 30 dias ou mais, os familiares devem ficar alerta, pois esta é a principal característica da doença. Neste caso, a família deverá procurar um psiquiatra para uma avaliação e diagnóstico.
As alucinações são raras, mas podem acontecer em alguns paranóicos. E as mais frequentes são as táteis e as olfativas.

O sujeito paranóico tem “aparentemente” um bom convívio social porque se parecem em muitos aspectos com as demais pessoas. São amáveis, cordiais, gentis e a maioria, consegue desempenhar tarefas profissionais. Isto porque, sabem “esconder” seus delírios.

Em alguns casos, pode haver prejuízo funcional, matrimonial e isolamento social. Isto porque acredita que está sendo perseguido e que será assassinado e para evitar abandona o emprego e se isola.

PRINCIPAIS TIPOS DE PARANÓIA


DELÍRIO PERSECUTÓRIO –  é o mais comum. O sujeito acredita que está sendo vítima de perseguições, de complôs, de conspirações, traições, espionagens, que o estão envenenando ou colando drogas em seus alimentos ou que estão fazendo comentários maldosos e maliciosas a seu respeito.


DELÍRIO DE GRANDEZA – Em seus delírios acredita ser parente (e não importa o grau de parentesco) com alguém importante como por exemplo uma personalidade histórica ou artística. O mais famoso desses delírios é do sujeito se julgar parente de Napoleão, por exemplo. Podem ainda, acreditar possuir um dom extraordinário, como o de curar pessoas com o olhar ou toque de suas mãos. Outras vezes, julga-se dono de grande e incalculável fortuna. Podem ainda imaginar que são grandes inventores (como Santos Dumont) ou reformadores do mundo ou da ciência (como Lutero ou Darwin).

DELÍRIO DE CIÚME – atinge as mulheres, na maioria das vezes. Mas, pode aparecer em homens também. O sujeito acredita na infidelidade do (a) parceiro (a). E para provar que está correto(a) no seu julgamento, busca e se apega a qualquer pequena e provável evidência, como roupas desalinhadas, manchas na roupa ou nos lençóis, sinais de perfumes, fios de cabelo, vasculha celulares e ligações telefônicas, liga para o trabalho do companheiro (a) para confirmar sua presença, exige sua permanência no lar de forma agressiva e autoritária ou impede saídas desacompanhado (a) dele (a).


PARAFRENIA – conhecido como “delírio somático”. É o delírio onde o sujeito acredita que seu corpo está infestado por insetos, parasitas ou que certas partes do seu corpo está deformada ou não estão funcionando como deviam. Podem convencer-se, ainda, que sua pele, boca, ânus ou vagina exalam odores mau cheirosos.

DELÍRIOS SEXUAIS – o sujeito imagina um amor romântico e platônico. Nessa imaginação, são amados por artistas, ídolos do futebol, políticas ou por pessoas comuns.

Fonte:
Apontamentos de aula

domingo, 10 de novembro de 2013

PSICOSE REATIVA BREVE

A Psicose Reativa Breve também é chamada de transtorno Psicótico Transitório. Seus sintomas aparecem subitamente e sem sintomas anteriores que anunciem este mal. Mas, há sempre um motivo que estressa a pessoa e ela “explode”. Esta “explosão” é chamada de “surto”. Porém, passado algum tempo (menos que um mês), tudo volta ao normal.


Durante os surtos pode-se perceber uma certa incoerência de pensamentos, a pessoa não consegue fazer relações lógicas entre associações, pode ter delírios ou alucinações e seu comportamento fica desorientado e desorganizado. Muitas vezes, pode apresentar comportamentos catatônico, ou seja, ficam imóveis por um longo tempo, com olhar perdido.

Há ainda uma mudança brusca nos afetos. Por ex: o que gostavam antes e agora, não gostam mais. A pessoa em quem confiavam plenamente, agora desconfiam dela. Isto causa perplexidade e confusão, não só para as pessoas psicóticas, mas para quem convive com elas também.


A forma como as pessoas reagem num surto não se deve somente ao motivo que o provocou (psicotraumática), mas muito das predisposições e características da personalidade dessa pessoa.  As reações psiquicas dependem do caráter da perturbação, mas também, na maneira como o sujeito encara suas frustrações, suas vontades e necessidades. Se tem dificuldades para aceitar e superar as frustrações, com certeza, suas reações diante de um fato desta natureza será mais anormal.

Outras vezes, o sujeito psicótico julga e emite opiniões sobre si mesmo e sobre os outros de acordo com suas contradições internas, suas angústias e sentimentos. Por isso, tem uma enorme dificuldade em se adaptar aos ambientes e aos grupos de pessoas que os formam e, consequentemente, o convívio social fica prejudicado.


Alguns sujeitos psicóticos preferem transferir todas as suas angústias, medos, dificuldades e fracassos para um objeto, animal ou pessoa e parecem sentir-se mais aliviados com esta atitude. Neste casos, negam o que sentem e culpam os outros, como se eles o perseguissem por um motivo qualquer. Mas, todas estas ideias lhe parecem reais e lógicas, embora sejam, na verdade, fantásticas e doentias.

O QUE CAUSA TUDO ISTO?

Geralmente, os surtos psicóticos atingem pessoas que se acham vítimas de outras pessoas ou de certas situações. São pessoas que estão sempre na defensiva. Quando algo dessa natureza acontece, confirma seus pensamentos. Diante disto, se desorganiza mentalmente e surta.

Segundo Kaplan, o fato ou situação é o elemento deflagrador da desordem, mas também envolve o biológico e o mental ou psicológico. 


Esta alteração psíquica é mais frequente em adolescentes e adultos jovens.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que as pessoas com este tipo de psicose não devem ser enquadrada nas psicoses de outras naturezas e, portanto, mais graves. Isto porque, na visão dessa Organização, a pessoa deve estar passando por um momento emocional difícil e recente. Mas, não deixa de ser uma alteração psicótica e tem como causa os fatores ambientais.

 TRATAMENTO
 O tratamento é psiquiátrico.


Fonte:
Apontamentos de aula 

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PSICOSE

A psicose é um distúrbio mental mais grave que a neurose. sua principal característica é a forma como os  sintomas aparecem: de súbito e em forma de surtos. Os surtos podem ser rápidos (algumas horas) ou mais longos (semanas), mas não chegam nem ultrapassam 30 dias. Segue-se um período de (aparente) normalidade e retornam em estágios mais avançados e por períodos cada vez maiores.



SINTOMAS:

Sujeitos psicóticos percebem a realidade de um jeito distorcido. Encaram os fatos e situações corriqueiras como uma ameaça a sua pessoa física. Um exemplo clássico, é achar que está sendo perseguido por alguém (pessoa, animal ou objeto) que quer lhe fazer mal. E, uma vez instalada essa ideia, é de difícil remoção porque acreditam piamente nela. E expressam isso verbalmente, mostrando um pensamento perturbado.

Esta forma equivocada da realidade impede que algumas ações do cotidiano sejam realizadas a contento. O trabalho, os estudos, as relações interpessoais, as relações sociais e o desempenho dos papéis costumeiros na sociedade ficam prejudicados, porque podem ser acompanhadas por delírios ou por alucinações.

Esses sujeitos apresentam comportamentos bizarros e esquisitos, posturas peculiares (trejeitos estranhos, gritos ou mutismo) fazendo com que o convívio social também fique prejudicado.

Os pensamentos, julgamentos e atitudes dos psicóticos revelam um funcionamento mental desorientado e confuso. Mas, não devemos confundir com funcionamento cerebral, embora este pode ser prejudicado pelo demais sintomas.

CAUSAS:

As causas deste distúrbio são variadas. Podem emocionais, reativos, delirantes, alucinógenas, por uso abusivo de drogas ou do álcool, por problemas neurológicos, infecções, depressão.

TRATAMENTO:

Alguns tipos de psicoses podem ser totalmente curáveis. No entanto, para o outros tipos a cura não existe. Pelo menos, até este momento.

O tratamento é psiquiátrico e medicamentoso, mas a indicação hospitalar só é feita em casos muito graves.

Fonte:
Apontamentos de aula