OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 25 de julho de 2013

TRANSTORNO DE HUMOR


O nosso cotidiano está repleto de situações que se nos apresenta. E reagimos a cada situação de um modo diferente. Isto porque reagimos a elas sem pensar, ou seja, de uma forma automática. Quando morre alguém que nos é caro, ficamos tristes; diante de uma injustiça, nos irritamos; diante de uma traição, sentimos raiva; diante de um esforço infrutífero desanimamos e diante de uma conquista, ficamos alegres e eufóricos. Isto porque todas as nossas reações são emocionais. É normal e adequado

Com os adolescentes não é diferente. Num momento, estão alegres, cheios de energia, impacientes, apressados, querendo ganhar o mundo e conquistar o futuro. Noutro momento, estão tristes, magoados, sensibilidade á flor da pele, choro fácil, lentos e desanimados. É o resultado das mudanças físicas, hormonais e psíquicas da idade. Reações comuns nessa idade. Tão comuns que, muitas vezes, ignoramos essas pequenas ocorrências.

No entanto, quando essas oscilações do humor começam a afetar as atividades escolares, o trabalho, a vida familiar e social, e o momento dos pais se preocuparem. Podem estar diante do Transtorno de Humor.

O transtorno de humor é uma forma desajustada ou inadequada com que os jovens passam a reagir diante das situações e fatos da vida. Períodos prolongados e significativos de tristeza, desânimo, choro fácil, desesperança, cansaço, falta de energia e de prazer, dificuldade com o sono, perda de apetite, perda de peso e isolamento são sinais de que algo não vai bem. Por isso, os pais devem estar sempre muito atentos.

CAUSAS

As principais causas são: fatores genéticos, alterações hormonais no período da gestação, uso drogas estimulantes ou depressoras do SNC(sistema nervoso central) pela mãe, frustrações e estados ansiosos intensos e recorrentes, lesões cerebrais e neurotoxinas (medicamentos).

Segundo os documentos apresentados pelo CID 10 e pelo DSM IV, o transtorno de humor é uma patologia psíquica. O desencadeador desse transtorno é de ordem afetiva, ou seja, estão vivenciando fatos ou situações estressantes.

O transtorno de Humor pode se apresentar em vários níveis de gravidade: pode ser leve, moderado ou severo ou grave.

TRANSTORNO DE HUMOR LEVE – são aqueles que ocorrem apenas uma vez. São mais comuns. Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), 340 milhões de pessoas no mundo todo sofrem ou já sofreram com o transtorno de Humor, sendo 20% de mulheres. Adolescentes, idosos e doentes crônicos são os mais afetados. Os países em desenvolvimento têm os maiores índices do transtorno.

TRANSTORNO DE HUMOR MODERADO – são aqueles que são recorrentes, ou seja, aparecem mais que uma vez e atingem de 20 a 60% dos pacientes diagnosticados onde a depressão moderada ou severa está presente.

TRANSTORNO DE HUMOR SEVERO – são aqueles associados a depressão severa, a estados maníacos, ao Transtorno Bipolar. Podem ser ou não recorrentes. Atinge 20% dos índices percentuais restantes.

TRATAMENTO
O tratamento é feito após o diagnóstico e exige medicação, psicoterapia, orientação familiar, tratamento psicopedagógico e psicoeducacional. O tratamento tem uma duração variável (de meses a anos), pois depende da gravidade e das doenças associadas.

Mas, o mais importante é o envolvimento e a soma dos esforços do paciente, da família, da escola e dos profissionais para a suspensão dos medicamentos, para o controle dos sintomas e para a conquista da reabilitação das perdas cognitivas e emocionais do sujeito.

Fontes:

quarta-feira, 10 de julho de 2013

CONHECENDO A DEPRESSÃO


A depressão é um transtorno afetivo cujas características básicas são uma tristeza profunda, pensamentos pessimistas e baixa autoestima. Essas características podem aparecer todas de uma vez ou combinadas entre si e, neste caso, duas delas estarão presentes.

Para funcionar adequadamente, o cérebro realiza uma série de reações químicas. E o resultado dessas reações são os neurotransmissores. Porém, quando a produção desses neurotransmissores é menor ou maior que o normal, o funcionamento cerebral fica comprometido.

Exames comprovam que os sujeitos depressivos apresentam alterações em seus neurotransmissores, ou seja, as reações químicas produzem uma quantidade menor de alguns neurotransmissores (serotonina, noradrenalina e dopamina) do que deveria.


CAUSAS DA DEPRESSÃO


Quando existe um problema nas reações químicas cerebrais dizemos que a causa é genética. O sujeito já nasce com uma predisposição para ser depressivo. Porém, com tratamento adequado pode-se corrigir essas alterações e o sujeito tem uma vida normal.

Imaginemos que o sujeito desconheça que possui alterações nas reações químicas. Fatores sociais e psicológicos causam stress nos sujeitos. E é o stress quem acelera essa predisposição no sujeito.


EFEITOS DO STRESS SOBRE O ORGANISMO HUMANO

Numa situação de stress, o sujeito se cansa fácil porque há uma necessidade maior de esforço para fazer qualquer coisa (estudo, trabalho, atividades caseiras, etc). A falta de apetite e o emagrecimento reforçam essa falta de força para uns. Para outros, o aumento do apetite e o ganho de peso fazem o mesmo.  Por isso, há um desânimo geral e que, geralmente, leva a apatia, ao desinteresse e  perde a motivação pelo que ocorre a sua volta. E com isto, as indecisões e a insegurança. 

Tudo lhe provoca medo. Os sujeitos amedrontados e desesperados ficam irritados, ansiosos e angustiados. Aos poucos, um vazio toma conta dos sujeitos. O vazio dá ao depressivo uma visão errada da realidade. O que era comum e banal se torna uma ameaça. O que era colorido se recobre de um tom acinzentado, como num dia nublado.

Há uma diminuição ou se tornam incapazes de sentir prazer e alegria nas coisas mais simples da vida e que, antes, lhes eram agradáveis e prazerosas. O desempenho sexual e da libido diminui. Mas, se mantiverem essa atividade, ela será vista como uma obrigação conjugal onde a sensação de prazer não encontra lugar.

Os pensamentos pessimistas surgem se tornam frequentes. Sentimentos de culpa assolam o sujeito juntamente com o desproporcional sentimento de pouca valia na vida, de ruína e fracasso. A pessoa sente-se doente e a sensação de que a morte parece estar próxima é comum.

A insônia é frequente, seja por uma demora em adormecer, por despertares contínuos, ou, por despertares matinais muito antes do previsto. O excesso de sono (seja ao dormir várias horas seguidas além do esperado, ou ainda assim, continuar ou reclamar de estarem sonolentos) atinge boa parte dos depressivos.

O raciocínio fica lento e a falta de concentração é consequência dessa lentidão. E os esquecimentos passam a serem notados.

Dores físicas e sintomas como: dores na barriga, má digestão, azia, diarréia ou prisão de ventre, flatulência, tensão na nuca e ombros, cefaleia, sensação de corpo pesado e pressão no peito são reclamações comuns nos relatos dos depressivos. Apesar destes sintomas serem sentidos, não há confirmações através de exames médicos.

Alguns estudiosos consideram a depressão o mal dos tempos atuais. De 19 a 20% da população mundial sofrem desse mal e não há idade, sexo ou condição social para que ele apareça. Assim, crianças, adolescentes e adultos podem ser sujeitos depressivos e manifestarem todos ou boa parte dos sintomas.

O TRATAMENTO

O tratamento é medicamentoso.  Inúmeros antidepressivos podem ser utilizados e não causam problemas de dependência, entorpecimento ou são prejudiciais para o organismo. Ao  contrário, eles atuam na produção dos neurotransmissores que faltam ou no controle dos que são produzidos em excesso. 


Alguns pacientes também os tomam para diminuir os efeitos das crises depressivas, para a prevenção delas, ou ainda, como manutenção do tratamento. Muitas vezes, essa  manutenção pode ser feita pelo resto da vida. Para isto, é preciso consultar um psiquiatra, pois é o único especialista que pode receitá-los.

Tratamentos psicoterápicos e os psicológicos (realizados por psicólogos) também podem ser aplicados após determinado tempo de tratamento medicamentoso, para que essas pessoas aprendam a controlar os pensamentos negativos ou pessimistas e reestruturar psicologicamente os sujeitos para que possam suportar, com mais eficácia, os efeitos do stress e poder levar a vida da forma mais normal. No entanto, esses tratamentos não evitam novas crises depressivas.

Fontes e referência:

http://www.minhavida.com.br/saude/temas/depressao
Ministério da Saúde - Brasil
DSM IV