OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

ALCOOLISMO PRECOCE

Os noticiários têm divulgado índices alarmantes sobre o alcoolismo precoce. Você sabia que o consumo de bebidas alcoólicas aumentou 30%  entre os garotos e garotas entre 12 e 17 anos? E que a bebida preferida dos jovens dessa faixa etária é a cerveja?

Quando pensamos em bebidas alcoólicas logo pensamos em whysque, a cachaça, o rum, o vinho entre outras. Uma dose destas bebidas equivale a uns dois dedos no fundo de um copo. Mas, como a cerveja é vendida em latinhas e a quantidade é maior, temos a impressão que ela é mais fraca. A cerveja parece uma bebida inofensiva, mas não é. 
1 dose = 

Saiba que os efeitos da cerveja são idênticos ao de outras bebidas consideradas “mais fortes”. Vejamos o que essas bebidas provocam em nosso organismo:

Toda bebida alcoólica provoca alterações no sistema dopaminérgico do cérebro. Este sistema está associado com a sensação de recompensas. Portanto, ao ingerir uma dose dessas bebidas temos uma sensação de alegria ou de euforia. Por isso, temos a impressão de que somos mais felizes, mais abertos e receptivos aos outros, mais desinibidos. E é aí que mora o perigo. Perigo, porque queremos repetir essa sensação. E com o tempo e a continuidade causa a dependência alcoólica.

Se um jovem começa a bebericar aos 14 anos e se tornar dependente, aos 20 anos já terá boa parte do seu cérebro comprometida. Os sinais são visíveis. Recusam-se a obedecer as regras, pois se julgam superiores a elas. Se alguém diz que pode criar problemas no trânsito, arranjar brigas com alguém, logo dizem que não. Que sabem se controlar, que os acidentes acontecem com os outros, mas não com eles.

Aos poucos, nota-se que deixam de prestar atenção e concentração no que fazem. Isto acontece porque o álcool atinge o centro da memória (o hipocampo). Lapsos de memória, dificuldade em lembrar palavras conhecidas, nomes de pessoas do convívio são sinais de maiores prejuízos. 

A partir daí, outros sintomas são visíveis. Perdem algumas habilidades conquistadas com o desenvolvimento, e pioram no quesito “ajustamento social”.  Uns ficam mais agressivos; outros, mais apáticos e isolados. Isto porque a estima pessoal baixa vertiginosamente.

Outra coisa que chama a atenção é o descuido pessoal. Principalmente, com as relações sexuais. Sexo seguro é para os outros. E ficam vulneráveis às doenças sexualmente transmissíveis, incluindo a AIDS.

Se chegarem aos 40 anos consumindo álcool em demasia, a dificuldade em manter a atenção e a concentração no trabalho aumenta, o rendimento laborial despenca, ficam mais sonolentos, cansados e apáticos. Podem ficar obesos ou perder muito peso. Aparecem sinais de ansiedade e depressão. A saúde já está debilitada e poderá ter hipertensão arterial e grande risco de acidentes vasculares cerebrais (AVC). Cirrose hepática, pancreatites, problemas cardíacos podem aparecer. A pele também se recente e desenvolve a velhice precoce (manchas na pele, quedas de cabelo, perda dos dentes). Perda de memória e confusões nos pensamentos podem ser notados.

Se sobreviverem até os 60 anos, já terão 1,8% do volume cerebral global afetado e com prejuízos significativos na memória, no raciocínio lógico e na capacidade de abstração. Tumores malignos podem surgir na boca, na laringe, na faringe, principalmente, se estiver associado ao tabagismo. A perda do equilíbrio e as quedas frequentes acontecem porque o cerebelo foi atingido. Intoxicações graves, coma alcoólico, depressão respiratória e morte fecham o quadro.


É ESTE O FUTURO QUE VOCÊ ESPERA PARA SEUS FILHOS?

NÃO, COM CERTEZA.
ENTÃO, ORIENTE-OS AGORA, ANTES QUE SEJA TARDE DEMAIS.

sábado, 6 de outubro de 2012

O ADOLESCENTE E O ÁLCOOL


Os noticiários divulgam diariamente que os adolescentes estão, cada vez mais, fazendo uso de bebidas alcoólicas. Como pais, as notícias nos assustam e nos deixam preocupados com os índices estatísticos sempre crescentes. E o que estamos fazendo a esse respeito?

Infelizmente, damos preferência à questão das drogas e deixamos a questão do álcool para segundo plano. Não é raro que muitos pais acreditam que a ingestão de bebidas é menos prejudicial que as drogas. Engano cruel. 

Se analisarmos friamente, ambos causam uma dependência nefasta e com consequências desastrosas na vida de nossos jovens.

O alcoolismo não é apenas um vício. Mas, uma doença que atinge homens e mulheres e em qualquer idade. Desenvolvem essa doença com mais facilidade, os filhos de alcoólatras, por terem sido gerados sob os efeitos dessas bebidas. Isto porque já trazem no corpo genes modificados e sensíveis aos efeitos do álcool.
Mas, o alcoolismo também pode ser induzido. Com a desculpa de que uma criança pode vir a ”adoecer de vontade”, pequenos goles são oferecidos a elas. Um golinho aqui, outro ali e os pequenos vão se acostumando com o gosto e os feitos que a bebida proporciona. Aos poucos, acostumam-se e passam a gostar, a querer mais e a experimentar bebidas mais fortes. E, se já trazem a sensibilidade ou predisposição ao alcoolismo, a dependência será mais facilmente instalada.
Na adolescência é época em que os adolescentes gostam de experimentar uma porção de coisas, de misturar sabores e verificar o que acontece. Por outro lado, muitos pais acreditam que, nesta idade, tudo é permitido. Afinal, estão crescidos e, em pouco tempo, serão adultos e precisam aprender a beber socialmente. Mais um terrível engano.

Mesmo longe das vistas dos pais, os adolescentes experimentam bebidas alcoólicas. Oportunidades não lhes faltam. Pode ser numa festa na casa dos amigos, nas baladas, nos barezinhos da moda ou no boteco da esquina. Pior que isso, muitos adolescentes compram ou pegam de suas próprias residências.
Mas, infelizmente, muitos jovens não bebem só à guiza de experimentação. Muitos adolescentes bebem porque gostam dos efeitos que as bebidas proporcionam. As bebidas alcoólicas possuem um efeito relaxante. E sob seus efeitos tornam-se mais falantes, mais audazes, desinibidos, mais sociáveis e mais confiantes em si mesmos.

Outros, porque desejam ser aceitos pelo grupo. E por imitação ou por pressão do grupo, entram “na onda”, mesmo que não concordem com esta atitude.
Outros bebem para fugir de problemas e crises familiares. Jovens cujos pais vivem em constantes crises conjugais, reprimidos ou excessivamente liberados, mais criticados do que elogiados, comparados com outros irmãos ou pessoas do convívio familiar, culpabilizados por todas as mazelas familiares ou por não se sentirem capazes de atender aos anseios e expectativas dos pais, fazem do álcool sua tábua de salvação. Passado o efeito alcoólico, os problemas retornam. E para voltarem a esquecer, novas doses são ingeridas.

Muitos pais imaginam que este assunto não precisa ser discutido. Afinal, estão adquirindo certa independência e já são responsáveis por suas vidas. Outro engano. Sair e voltar de madrugada, dirigir automóvel, frequentar baladas, ter boas notas no colégio, nem sempre é sinal de maturidade. Por isso, necessitam de regras, limites e orientação.

E essa orientação deve começar cedo, assim que possam compreender. Devem ser alertados sobre tudo: das coisas boas e dos perigos e suas consequências. Por isto, não devem existir assuntos proibidos entre pais e filhos.

O fato de o adolescente não ingerir bebidas alcoólicas não impede a orientação dos pais sobre o assunto. O diálogo franco e aberto funciona como alerta e como censura pessoal impedindo que “caiam em tentação” por ignorância e por omissão dos pais.

A tarefa dos pais é a de educar.  E educar significa informar e orientar.