OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

UMA NOVA IMAGEM DE SI MESMO



Além das mudanças físicas, a puberdade também é marcada por mudanças psicológicas. E uma dessas mudanças é uma nova forma de se perceber. Na verdade é uma  reformulação da imagem que já possuíam de si mesmos,  ou seja, até agora tinham uma imagem de crianças que eram e, agora, de um adulto em formação.

As modificações físicas que ocorrem os forçam a fazer novas percepções de si mesmos. Um exemplo disso é que um belo dia, percebem que a carteira escolar ficou pequena para acomodar suas pernas, agora já mais longas, quando antes cabiam perfeitamente. Ou, já mais altos, a mãe pede que pegue algo num lugar mais alto, onde antes não conseguia. São essas pequenas atitudes diárias que vão aguçando sua curiosidade sobre si mesmos.

De repente, as meninas percebem os botões mamários e os meninos algumas penugens que aparecem no rosto, nas axilas e na região genital. Ficam curiosos e compreendem que estão se tornando diferentes. A curiosidade inicial vai pouco a pouco se transformando em ansiedade em saber como ficar quando todas as transformações cessarem. E com essa ansiedade, vem também a impaciência porque percebem que as mudanças são rápidas, mas não tão velozes quanto desejam.


Enquanto isso, percebem-se como estranhos.  Uma nova pessoa, desconhecida de si mesmos, embora esteja no mesmo corpo. Nesta fase, o espelho é muito procurado. Passam horas diante dele, mirando-se, observando-se de todos os ângulos e posições. E, pouco a pouco, vão fazendo novas descobertas.

Surge então uma nova preocupação: a de como os outros os estão vendo.  A princípio, o “outro” é indefinido. Pode ser o pai, a mãe, os irmãos, os amigos. Pouco depois, esse “outro” toma a forma do sexo oposto.

Surge então a vaidade. As roupas da moda são as preferidas, assim como o corte e as cores dos cabelos,  a preocupação com as unhas, Os materiais escolares deixam de lado as figuras bonitas e graciosas da infância. As fotos de artistas masculinos, famosos no momento, novos e bonitos constituem a preferência das meninas. Já a dos heróis mais extravagantes mostram forças e transformações corporais passam a ser a preferência dos meninos.

Apesar de tudo, o corpo é o grande segredo a ser desvendado. E aqui entra um poderoso fator social: a mídia.

De tempos em tempos, a sociedade escolhe um biotipo humano e passa a considerá-lo como um modelo a ser seguido. A mídia divulga esse modelo a cada momento e em todos os tipos de meios comunicativos de que dispõe. Pouco a pouco, a sociedade vai se acostumando com esse modelo e passa a segui-lo. Examinando a história percebemos que na antiguidade o corpo atlético era o preferido. Mais tarde, os corpos de formas mais arredondadas (gordos) eram o modelo de beleza da Idade Média. Com a revolução industrial, os corpos mais longilíneos e mais ágeis foram cultuados. E hoje em dia, o padrão é o corpo magro, de barriga sarada, musculatura aparente para os meninos e os ossos aparecendo para as meninas.

Já se deram conta de como ficam os pensamentos de um jovem na puberdade, cujo corpo está com sobrepeso para suportar o crescimento e ouvindo e vendo constantemente que o modelo ideal é o corpo magro e esquelético? E como fica essa percepção de si mesmo? Trataremos disso, na próxima postagem.

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