OBJETIVO DO BLOG

Este blog tem por objetivo orientar os pais que possuem filhos entrando ou vivenciando a adolescência. De orientar também os professores que lidam com eles diariamente,para que possam compreender suas dificuldades e ajudá-los ainda mais, pois, esta é uma fase complicada na vida dos jovens e, muitos pais e professores não sabem como agir diante de certas atitudes desses jovens. Pais e professores encontrarão aqui informações de médicos, psicólogos e teóricos sobre a educação dos adolescentes.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

OBESIDADE E ISOLAMENTO (II)


Como vimos na postagem anterior, o corpo é um fator importantíssimo para os adolescentes. Enquanto as mudanças estão ocorrendo, eles idealizam o corpo futuro juntamente com a elaboração da auto-imagem..

No entanto, vivemos numa sociedade consumista. E nessa sociedade, as indústrias e a mídia têm visto os jovens como consumidores em potencial. O intuito é transformá-los em consumidores reais, de fato. E, para isto, há um verdadeiro bombardeio de imagens, conceitos, informações e... promessas.
Assim, as indústrias alimentícias usam o apetite voraz da idade e os levam a experimentar os novos produtos distribuídos no mercado e que são altamente calóricos (pelo menos, a maioria o é). E isto ocorre com vários produtos, incluindo os de vestuário, calçados, tecnologias etc. Além disso, os comerciais desses produtos estão recheados de meninas bonitas e magras e rapazes altos, magros e de corpos atléticos o que reforça a idealização do corpo jovem.

Porém, pouco a pouco, os jovens começam a perceber que seus corpos estão muito distantes daqueles corpos idealizados. Tentam muitas coisas e, dentre elas, os regimes e as academias. E se perdem alguns quilos, ganham vários logo depois. As promessas também ficam distantes. A começar pelos artigos da moda que, cada vez mais, ficam complicados de encontrar, seja pelo tamanho, pelo modelo ou cor que já não condizem com o corpo real.


São todas estas pequenas coisas que a princípio parecem sem importância, mas que vão se acumulando pela repetição e pela freqüência que os jovens mais gordinhos vão perdendo a auto-estima. E com a auto-estima em baixa há maiores probabilidades de surgirem conflitos pessoais. A perda da autoconfiança é  uma conseqüência inevitável e que abre as portas para a depressão e para o isolamento social criando um círculo vicioso que é difícil de superar.

Surge então, um movimento de compensação. Sem o convívio social e isolados, os adolescentes obesos passam a compensar com alimentos a falta que isto traz.  E, ingerindo mais do que necessita, aumentam cada vez mais o grau de obesidade e prejudicam a saúde.

fonte
FERRIANI M, G. C. e  SANTOS, G. V. B ADOLESCÊNCIA: PUBERDADE e NUTRIÇÃO”. Artigo da Associação Brasileira de Enfermagem – (ABEn) Brasília – DF disponível em http://www.google.com.br/#hl=ptBR&q=adolescencia+e+puberdade+masculina&revid=549474584&sa=X&ei=2jYKTPOLKTs0gH3PHOAg&ved=0CCEQ1QIoAA&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=65b096aad3d8231f&biw=888&bih=462, com acesso em janeiro de 2012.  



terça-feira, 21 de fevereiro de 2012

A OBESIDADE NA PUBERDADE (I)



Vimos em outras postagens que o próprio corpo acumula uma certa quantidade de gordura fazendo com que o jovem na puberdade fique mais “cheínho”, devido ao próprio metabolismo e a alguns excessos alimentares. Vimos também que o corpo é o único meio do jovem púbere notar que mudanças estão acontecendo. Por isso, o corpo é muito importante para esses jovens, pois é a maneira que encontram para se inserirem no meio social e na vida adulta.

Nas sociedades contemporâneas o culto ao corpo traz uma preocupação constante para todos.  Nos tempos atuais, as sociedades estipularam que o novo padrão de beleza é o corpo magro. Assim, ser “bonito” é ter a gordura necessária para que o organismo funcione de forma saudável. E, na luta para obter o corpo ideal, jovens e adultos fazem regimes dos mais variados tipos, passam horas nas academias e fazendo uma “malhação” pesada.

A divulgação desse padrão está em todo lugar através da mídia. As televisões, as rádios, as propagandas, as revistas e jornais só apresentam pessoas magras, algumas até esqueléticas. A Organização Mundial de Saúde (OMS) e os médicos passam a recomendar e a cobrar este corpo de seus pacientes. É dessa  forma que esse padrão vai se fixando nas pessoas. Primeiro, no consciente e, por fim, no inconsciente quando, então, passam a desejar e a idealizar esse corpo para si mesmas. Pouco a pouco, a “magreza” surge como tema central nas conversas entre amigos e familiares.

Os jovens na puberdade não estão alheios a esse padrão. Ao contrário, iniciadas as mudanças corporais da idade, já imaginam que terão um corpo esbelto e bonito no futuro, pois já foram altamente bombardeados com imagens e comentários sobre o corpo ideal desde a infância. E o desejam para si. Por isso, o púbere que está com sobrepeso ou é os obeso sente-se constrangido. Na escola, os amigos os apelidam de “gordo” ou outros similares. Se recusam o apelido, ele “pega” mais rápido. E, em pouco tempo, poucos sabem seu nome de batismo. Mas, estão numa fase onde nada podem fazer até que todas as transformações cessem. Num tempo de espera,

Sabemos que a obesidade tem causas complexas e ainda polêmicas, com teses como a dos distúrbios metabólicos e funcionais, da herança genética, das associações ao excesso de  consumo de alimentos calóricos, a história familiar, ao baixo nível de atividades físicas e do sedentarismo. Sabemos também que a obesidade acarreta riscos para os adultos. O fato é que a maioria dos obesos não está contente com o corpo que tem e, já fizeram muitos “regimes” por conta própria. Da mesma forma, acontece com os obesos mais jovens.

É verdade que um corpo mais magro torna o sujeito mais ágil, enquanto o corpo obeso o torna menos ágil, E impedido de realizar certas atividades para acompanhar o grupo se isola ou é isolado.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2012

DEIXAR DE SER CRIANÇA

É através do observar sua imagem refletida no espelho que os iniciantes da adolescência notam os primeiros indícios das mudanças corporais que estão ocorrendo em seu corpo.

Essa descoberta os encantam e os deixam curiosos, razão pela qual, não saem da frente do espelho. Apenas sabem que deixaram de ser crianças e, quando tudo terminar, serão adultos. Por isso, admiram a rapidez das mudanças, e ficam ansiosos por querer que logo cheguem ao final. Ao mesmo tempo, que desejam que as mudanças ocorram, sentem muito medo.

Por isso, olham-se e examinam-se atentamente. Primeiro, porque as mudanças refletidas no espelho lhes causa um estranhamento. Já não são como eram.

Até este momento, a imagem construída na infância (nos primeiros anos de suas vidas) e que, por tanto tempo era a que vista refletida no espelho apesar do crescimento, já não existe mais. Embora saibam que a imagem que agora vêem é a de si próprios, o espelho lhes mostra que estáo “estranhamente” diferentes.

Deixar de ser criança implica numa série de percas e ganhos. Perdem as facilidades da infância e ganham autonomia. Perdem a proteção dos pais, mas ganham o cuidar de si mesmos. Perdem o descompromisso natural da infância e ganham em responsabilidade. O que antes era só pedir para ter, agora é necessário conquistar pelo próprio esforço.

Deixar de ser criança é perder as gracinhas tão decantadas por familiares e conhecidos. os beliscões na bochecha; os comentários (sempre elogiosos) exaltando suas inteligências em função das boas notas que tiravam na escola ou sobre uma habilidade qualquer, para ganhar a admiração e o respeito pelas próprias conquistas alcançadas com esforço e determinação, É perder uma vida de proibições e dependências para ganhar a liberdade de alçar novos vôos.

Na verdade, a entrada na adolescência garante a diferença entre o não posso e o eu posso. Mas, eles ainda não percebem isso, embora seja um desejo universal e inconsciente. Ficam fragilizados. A estranheza do novo corpo precisa ser desvendada para que seja reconstruído um novo "Eu", mais de acordo com todas as mudanças. Mas, o antigo corpo tem forte peso emocional.

É, nesta fase, que os pais descobrem que o filho cresceu e que deixaram de ser a criança sonhada e idealizada de antes. Essa descoberta ocorre bruscamente, como se o tempo saltasse os anos. Ontem, o bebê e, hoje, um novo adulto. E então, se dão conta de que devem colocá-los para enfrentar a vida. Passam a deixá-los saírem com os amigos, ir sozinhos à escola, tomar condução, cobrar responsabilidades, exigir perfeições nas tarefas, nas atitudes, nos gestos e nas relações. E tudo ocorre de uma só vez e, muitas vezes, cobram o que não ensinaram. 

Fragilizada e sem qualquer preparação anterior, a criança  sente medo porque se vê largada, abandonada à própria sorte e sem saber o que e como fazer para cumprir essas exigências. É por essa razão que muitos jovens passam a dar problemas em casa e na escola. As notas caem e os problemas de disciplina e de rebeldia ocorrem.

Essa preparação para a vida adulta deve começar com a entrada na escola. Uma preparação que ocorre aos poucos e não de sopetão. Uma preparação passo a passo de forma que a criança possa assimilar cada ensinamento. 

È uma época em que os pais devem continuar sua acolhida, com carinho e muitas conversas sobre todos os assuntos, inclusive, sobre a sexualidade e sobre o sexo, comportamentos e atitudes. Uma época em que pais e filhos devem continuar unidos aos filhos pelo amor.

O grande medo da criança no início da puberdade é de se sentir só e abandonado.

domingo, 12 de fevereiro de 2012

UMA NOVA IMAGEM DE SI MESMO



Além das mudanças físicas, a puberdade também é marcada por mudanças psicológicas. E uma dessas mudanças é uma nova forma de se perceber. Na verdade é uma  reformulação da imagem que já possuíam de si mesmos,  ou seja, até agora tinham uma imagem de crianças que eram e, agora, de um adulto em formação.

As modificações físicas que ocorrem os forçam a fazer novas percepções de si mesmos. Um exemplo disso é que um belo dia, percebem que a carteira escolar ficou pequena para acomodar suas pernas, agora já mais longas, quando antes cabiam perfeitamente. Ou, já mais altos, a mãe pede que pegue algo num lugar mais alto, onde antes não conseguia. São essas pequenas atitudes diárias que vão aguçando sua curiosidade sobre si mesmos.

De repente, as meninas percebem os botões mamários e os meninos algumas penugens que aparecem no rosto, nas axilas e na região genital. Ficam curiosos e compreendem que estão se tornando diferentes. A curiosidade inicial vai pouco a pouco se transformando em ansiedade em saber como ficar quando todas as transformações cessarem. E com essa ansiedade, vem também a impaciência porque percebem que as mudanças são rápidas, mas não tão velozes quanto desejam.


Enquanto isso, percebem-se como estranhos.  Uma nova pessoa, desconhecida de si mesmos, embora esteja no mesmo corpo. Nesta fase, o espelho é muito procurado. Passam horas diante dele, mirando-se, observando-se de todos os ângulos e posições. E, pouco a pouco, vão fazendo novas descobertas.

Surge então uma nova preocupação: a de como os outros os estão vendo.  A princípio, o “outro” é indefinido. Pode ser o pai, a mãe, os irmãos, os amigos. Pouco depois, esse “outro” toma a forma do sexo oposto.

Surge então a vaidade. As roupas da moda são as preferidas, assim como o corte e as cores dos cabelos,  a preocupação com as unhas, Os materiais escolares deixam de lado as figuras bonitas e graciosas da infância. As fotos de artistas masculinos, famosos no momento, novos e bonitos constituem a preferência das meninas. Já a dos heróis mais extravagantes mostram forças e transformações corporais passam a ser a preferência dos meninos.

Apesar de tudo, o corpo é o grande segredo a ser desvendado. E aqui entra um poderoso fator social: a mídia.

De tempos em tempos, a sociedade escolhe um biotipo humano e passa a considerá-lo como um modelo a ser seguido. A mídia divulga esse modelo a cada momento e em todos os tipos de meios comunicativos de que dispõe. Pouco a pouco, a sociedade vai se acostumando com esse modelo e passa a segui-lo. Examinando a história percebemos que na antiguidade o corpo atlético era o preferido. Mais tarde, os corpos de formas mais arredondadas (gordos) eram o modelo de beleza da Idade Média. Com a revolução industrial, os corpos mais longilíneos e mais ágeis foram cultuados. E hoje em dia, o padrão é o corpo magro, de barriga sarada, musculatura aparente para os meninos e os ossos aparecendo para as meninas.

Já se deram conta de como ficam os pensamentos de um jovem na puberdade, cujo corpo está com sobrepeso para suportar o crescimento e ouvindo e vendo constantemente que o modelo ideal é o corpo magro e esquelético? E como fica essa percepção de si mesmo? Trataremos disso, na próxima postagem.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

A QUESTÃO DO SOBREPESO NA PUBERDADE



Durante o estirão de crescimento, o corpo exige uma certa quantidade de nutrientes (como sais minerais. vitaminas, carboidratos, gorduras, açúcares e proteínas) importantes para garantir um desenvolvimento saudável.

Associado ao crescimento está a atividade física, muitas vezes, excessiva (estudo, atividades desportivas, festas, passeios,...) desenvolvidas por ambos os sexos nesse período. Por isso, nem sempre os jovens se alimentam como se deve. Boa parte deles comem lanches ou salgados e tomam refrigerantes comprados na cantina das próprias escolas, ou assistem as aulas comendo doces e chupando uma boa porção de balas. Dessa maneira, a refeição ideal logo é substituída pelos modismos do grupo ou por pequenos prazeres pessoais.

O organismo já faz naturalmente sua reserva de gordura (poderoso energético) como vimos na postagem anterior. E, com o alto consumo de carboidratos, gorduras e açúcares sobrevém o sobrepeso.

O aumento numérico da balança não sugere que o jovem em estirão está saudável. Isto porque o jovem em crescimento tem uma necessidade maior de proteínas, de ferro, de cálcio, de vitaminas, substâncias que os jovens substituem facilmente, seja por guloseimas, refrigerantes e outras bebidas adocicadas ou produtos altamente gordurosos e industrializados. Por isso, comem muito várias vezes ao dia, criam o habito de beliscar ou de  lanchar substituindo as refeições principais. Mas, não ingerem os nutrientes necessários.

Nessa idade a carência das substâncias essenciais traz sérias conseqüências para o desenvolvimento físico dos jovens em estirão, como por exemplo, ossos mais frágeis, aumento do tecido adiposo, anemias e outros. Os maus hábitos alimentares convertem-se num fator que põe em risco a saúde e a vida de nossos jovens.

Nessa idade a carência das substâncias essenciais traz sérias conseqüências para o desenvolvimento físico dos jovens em estirão, como por exemplo, ossos mais frágeis, aumento do tecido adiposo, anemias e outros. Os maus hábitos alimentares convertem-se num fator que põe em risco a saúde e a vida de nossos jovens.

Fonte:

FERRIANI M, G. C. e  SANTOS, G. V. B ADOLESCÊNCIA: PUBERDADE e N UTRIÇÃO”. Artigo da Associação Brasileira de Enfermagem – (ABEn) Brasília – DF disponível em http://www.google.com.br/#hl=ptBR&q=adolescencia+e+puberdade+masculina&revid=549474584&sa=X&ei=2jYKTPOLKTs0gH3PHOAg&ved=0CCEQ1QIoAA&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=65b096aad3d8231f&biw=888&bih=462, com acesso em janeiro de 2012.  

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A PUBERDADE E A NUTRIÇÃO



Desde o nascimento, bebês e crianças crescem por meio de estirões. A puberdade é marcada por um crescimento mais rápido que os outros anteriores e com  modificações físicas, tanto  internas, quanto externas. Esse crescimento natural demanda num grande desgaste de energia.

Por isso, o corpo dos meninos e meninas entre 8 e 10 anos começa a se preparar para as modificações que ocorrerão na fase puberal. Já repararam como as crianças dessa idade ficam mais rechonchudinhas? Pois é, para que o estirão  puberal aconteça é preciso que o corpo acumule tecido adiposo (gordura) como fonte de energia. E isso faz com que apresentem um aumento de peso, mais ou menos na mesma proporção em ambos os sexos.

Com a entrada na puberdade e iniciada as modificações físicas, os meninos ganham massa óssea e muscular. O rápido aumento na estatura faz com que a gordura corporal não seja tão percebida devido ao ganho de massa muscular. As meninas, ao contrario, precisam do tecido adiposo para preencher seus contornos, dando-lhe o aspecto feminino característico. Por isso, mesmo havendo uma diminuição naturalmente do acúmulo de gordura e pelo gasto de energia consumida, as meninas apresentam maior taxa de gordura que os meninos. (CHIPKEVITCH, 1995).

Por isso, uma alimentação saudável, balanceada e equilibrada é fundamental para todos os seres humanos e deve existir desde a infância. Além disso, é na infância que as crianças aprendem os bons hábitos alimentares com mais facilidade, hábito este que praticará pelo resto de suas vidas e, em especial, na adolescência.

Fonte:
CHIPKEVITCH, E. Puberdade & adolescência: aspectos biológicos, clínicos e psicossociais. São Paulo: Roca, 1995.

FERRIANI M, G. C. e  SANTOS, G. V. BADOLESCÊNCIA: PUBERDADE e N UTRIÇÃO”. Artigo da Associação Brasileira de Enfermagem – (ABEn) Brasília – DF disponível em http://www.google.com.br/#hl=pt.BR&q=adolescencia+e+puberdade+masculina&revid=549474584&sa=X&ei=2jYKTPOLKTs0gH3PHOAg&ved=0CCEQ1QIoAA&bav=on.2,or.r_gc.r_pw.,cf.osb&fp=65b096aad3d8231f&biw=888&bih=462, com acesso em janeiro de 2012.  

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

ASPECTOS PSICOLÓGICOS DA PUBERDADE



A puberdade representa um momento crítico, tanto para os jovenzinhos como para os pais e professores.

As modificações físicas fazem os jovens deixarem de ser crianças. E isto acarreta algumas dúvidas, inseguranças e medos para os jovenzinhos. Dúvidas porque não sabem o que mais vai lhes acontecer e temem o futuro. Insegurança porque como crianças tinham  a certeza de serem amados e queridos pelos adultos à sua volta e, agora, devido ás muitas exigências feitas a eles, já não possuem essa certeza. Medo, porque perdem sua identidade, Já não são crianças, mas também, não são adultos ainda.

O crescimento rápido, as transformações físicas e sensações desconhecidas devido aos hormônios que entraram em funcionamento faz com que se percebam que são outra pessoa, alguém que é diferente da imagem que tinham de si mesmos. Uma pessoa que agora tem braços e pernas mais compridas, seios (meninas) ou pelos no rosto, no peito e nas pernas e nas axilas fazem com que se vejam como seres desengonçados, desajeitados e feios. E se uma “espinha” desponta no rosto, “querem morrer” de vergonha. Surge, então, um mal-estar porque não sabem lidar com essas transformações. Por isso, alguns jovens desenvolvem a timidez. Por outro lado, outros desenvolvem a ansiedade. Muitos deles, passam a apresentar problemas escolares quando, antes, não os tinham.

O rápido crescimento traz um desgaste natural de energia, razão pela qual queixam-se continuamente de cansaço e sono. Nota-se um aumento da agressividade, da rebeldia, da contestação das regras e da autoridade de pais e professores, mas, ao mesmo tempo, necessitam reestruturar e redefinir os relacionamentos.

Nota-se também um aumento da agressividade, devido aos hormônios que acabaram de entrar em funcionamento. Brigam e discutem por motivos banais, juntam-se em bandos para fazer arruaças e burlar as regras e mostrar seu “poder”. Os jovens que praticam esportes podem descarregar essa agressividade nos exercícios ginásticos ou nos jogos competitivos e ter um comportamento mais. moderado. Quem não pratica esportes ficam mais rebeldes

Outra válvula de escape da agressividade é a imitação dos ídolos, ajudando os jovenzinhos a extravasarem a angústia, como uma forma de sublimar esses conflitos. Por isso, usam de as vestimentas, o corte de cabelo, a linguagem e os gestos desses ídolos.

A descoberta da sexualidade é outro fator importante. Essas descobertas trazem sentimentos de medo, de repulsa, de pudor, mas também de muito interesse e curiosidade. É a contradição entre o pudor e a curiosidade que promove a angústia,  e é a angústia, quem leva à pressa de “experimentar” o que os adultos fazem. Mas, essa pressa também é cercada de medos que aumentam ainda mais o mal-estar e cria a necessidade de superar tudo isso.

O medo deriva de certas situações e sentimentos como por exemplo, as ereções e ejaculações noturnas (nos meninos) e do prazer que sentem ao se masturbarem. E, nas meninas, as sensações provocadas pelo desejo sexual.

Por isso, a necessidade de “se mostrarem” e de “serem vistos” pelos outros. Daí, falarem alto, de gritarem o nome dos outros na rua e nos transportes, de contarem coisas pessoais para que todos ouçam. É uma necessidade de “seduzir”, mas que agem de forma desajeitada e, muitas vezes, incômoda e irritante para os adultos.

Os pais que, até então, sempre os cercavam de afeto, proteção (e, às vezes, de superproteção) e de certas facilidades, deixam de ver neles, os bebês que foram e passam a exigir atitudes e responsabilidades que não tinham ou que não foram ensinadas, agora criticam suas atitudes e procedimentos e procuram se impor por meio do autoritarismo (na maioria das vezes).

A escola e os professores também exigem posturas mais amadurecidas e de  maior responsabilidade. E cobram tudo isso. Surgem os sentimentos de injustiça, de insegurança,  a indisciplina, e a contestação das regras e da autoridade de professores e da própria escola.

Mas, por outro lado, é esse mal-estar que os obriga a procurarem uma nova identidade.


É preciso que nesta fase da vida, os pais tenham a compreensão necessária para apoiar o jovem a encontrar sua identidade e a superar suas dúvidas. Apoiar não significa deixa-los á vontade e fazerem o que querem, mas orienta-los para que os problemas e as dúvidas não se tornem um problema maior.

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

PUBERDADE FEMININA


Normalmente começa entre os 10 ou 11 anos. Mas, pode acontecer antes ou depois dessa idade,variando de pessoa para pessoa. Assim como nos meninos aparecem alguns indícios físicos, como por exemplo, o aparecimento dos botões mamários e dos pêlos pubianos e nas axilas.

Por volta dos 12 anos acontece o estirão de crescimento em que as meninas ganham 8 a 9 cm de altura, por ano. no final da puberdade esse crescimento diminui a velocidade (5 ou 6 com) a cada ano. Esta fase de preparação recebe o nome de pré-puberal. Todas estas transformações trazem uma certa insegurança e inquietação para as meninas, e antecedem a chegada da primeira menstruação (ou menarca). Durante os dois anos seguintes, o ciclo menstrual ainda é irregular podendo ser mais longo ou mais curto Com a chegada da menstruação inicia-se a puberdade propriamente dita.

Novas transformações podem ser notadas como, o afinamento da cintura o alargamento do quadril e o aumento das mamas. Essas transformações são universais e  características do corpo feminino. Paralelamente, as glândulas sudoríparas se desenvolvem razão pela qual o odor do corpo fica mais intenso, aumentando o suor principalmente nas axilas.

Essas transformações decorrem da atuação da hipófise sobre os ovários.   Ao nascer as meninas têm nos ovários certa de 200 a 400 mil óvulos. Porém, toda a sua vida fértil (que vai até os 50 ou 55 anos), as meninas não usarão mais do que 400 desses óvulos.

Iniciando as modificações corporais elas devem seguir a seqüência das ocorrências. Porém, na falta de qualquer uma das etapas deve ser procurada a razão através da consulta de um médico. 

fonte: